A
imprensa divulgou um vídeo gravado por policiais, onde eles, numa
atitude bizarra, chamam o fuzil, de neném e de forma inusitada
fazem comentários pouco recomendáveis para agentes encarregados de
manter a lei e a ordem.
"Olha o meu bebezinho aqui. Neném vai cantar, né? Neném vai cantar agora. Vai cantar para o bandido mimir",
Esse foi um dos comentários que aconteceu entre os policiais, da polícia militar do Rio de Janeiro. Também faço críticas a essa postura e principalmente por ter sido divulgada através de vídeo postado numa página no Facebook. Porém, se não houvesse a divulgação, fato que considero grave: postar comentários entre profissionais de várias áreas, durante o expediente, são muitas vezes considerados uma forma de descarregar tensões.
Existem
conversas travadas entre médicos, durante longas cirurgias, que se
fossem publicadas todos perderiam o diploma de doutor em medicina. Em
salas de funcionários, faz-se comentários em relação aos patrões
e chefes, que colocariam muitos trabalhadores, incluindo secretárias
na rua.
Nos estou
fazendo apologia ao que foi dito, mas chamando a atenção para um
fato que acontece em todos os níveis profissionais.
A grande
questão está na forma de agir. Como é que nossos policiais
militares estão sendo capacitados para agir nos momentos de
conflito. Que tipo de suporte psicológico estes homens estão
recebendo quando se dirigem para um confronto onde a situação é
matar ou morrer. Como está a preparação para ficar frente à
frente com os bandidos onde a luta passa a ser pela própria vida.
O que
está em jogo é a postura de policiais enquanto servidores públicos
e também a de todos os profissionais que atuam em órgãos dos
governos municipais, estaduais e federais.
O Brasil
é caricaturado pela forma deseducada que um significativo número de
funcionários públicos costuma atender à população,
principalmente quando se trata de trabalhadores.
Em
portarias, guichês, balcões e outros lugares onde existem
funcionários públicos concursados é comum o mal atendimento, as
grosserias, o desrespeito para com quem necessita de atendimento ou
até de uma pequena informação.
O
problema com esses policiais permite, em boa hora, que se repense na
capacitação de um bom número de servidores públicos, que
justificam com seus salários os maus atendimentos.
É hora
do Brasil passar por uma grande onda de reeducação social. É
desagradável ver povo maltratando povo, em diversas situações onde
se precisa atendimento do servidor público.
É hora
de mandar todo mundo novamente para os bancos escolares!
Educação,
já!
Edison
Borba
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