Dia:
10 de abril, sexta-feira, 2015.
Local:
um cruzamento na rua Voluntários da Pátria.
Bairro:
Botafogo
Fato:
O
sinal ou semáforo, com luz vermelha para os pedestres e verde para
os veículos. Pessoas aglomeradas nas calçadas dos dois lados da rua
Voluntários. Entre os que aguardavam ansiosos a mudança de cor da
sinaleira, uma jovem senhora, branca, cabelos lisos e castanhos,
óculos escuros. A roupa de “academia” vestia um corpo elegante,
que chamou a minha atenção. A bela e jovem mulher, um carinho com
um bebê e ao seu lado uma garotinha, segurava no carrinho enquanto a
mãe (suponho que a interessante senhora – provavelmente na casa
dos trinta anos, fosse a mãe das crianças), falava animadamente ao
telefone celular.
Fiquei
a imaginar que assunto sério, aquela hora do dia, deixava a jovem
mãe tão envolvida no mundo da telefonia, que tirava dela a atenção
dos filhos, numa rua bastante movimentada, com tráfego e trânsito
intensos, principalmente numa sexta-feira naquela hora do dia.
Pensei:
talvez ela estivesse conversando com sua sogra, ou até com o marido,
discutindo algum assunto pertinente à saúde e educação dos
filhos, ou as contas do lar. Questões sérias para as famílias.
Entre
os que esperavam a luz verde acender, para cruzar a rua, vez por
outra, um apressado, corria driblando os veículos. Homens de pasta,
que provavelmente não podiam perder a hora de um compromisso. Outras
vezes eram jovens, que em suas inquietudes não gostam de esperar
para cumprir as regras da vida. E foi numa destas corridas que a
garotinha também correu para a rua, feliz imaginando poder alcançar
uma borboleta ou uma nuvem.
Gritos!
Gritos! Correria! Burburinho entre os transeuntes.
Apesar
do susto, nada aconteceu com a garotinha, que não entendeu os gritos
dos adultos, que apavorados imaginaram uma tragédia.
A
jovem mãe, de roupa de academia, óculos escuros, cabelos bem
cuidados foi a última pessoa a perceber o que havia acontecido.
Demonstrando estar assustada pegou na mão da menina, encostou o
carrinho com o bebê no muro do outro lado da calçada e voltou a
usar o seu celular.
Eu,
com taquicardia, entrei num bar e pedi um copo com água!.
Edison
Borba
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