Pela casa silenciosa,
santos cobertos de roxo
Minha mãe na
cozinha, preparando a refeição
Crianças
caladas, sem as brincadeiras normais
Tudo em
honra e respeito de Jesus Cristo, a Paixão!
Diante mesa
posta, toda família reunida
Meu pai à
cabeceira, minhas avós ao seu lado
Minha mãe,
cabelos presos por uma fita escura
Ocupava o
outro lado da mesa, em toalha forrada
Branquinha,
tal algodão, tudo em respeito
A gloriosa
Paixão!
À tarde
todos reunidos iam para a igreja
Nenhuma
palavra era dita, crianças caminhavam à frente
Sem risadas
nem correrias, todos em comunhão
Tudo isso em
respeito à sexta-feira da Paixão!
Na igreja o
pranto e o choro de senhoras piedosas
Quebrava o silêncio
da multidão que adorava
E velava o
corpo de Cristo, coberto por branco véu
As chagas
causava emoção e tristeza no coração
Pelo Senhor
Jesus Cristo, que sofreu judiação
Foi morto
para nos salvar, com sua gloriosa Paixão!
Nossa
Senhora das Dores, no peito um punhal cravado
Transformava
o ambiente em local mais triste ainda
Em seu andor
transmitia toda a dor deste mundo
A mulher mãe
do cordeiro, que fora sacrificado
Imolado
pelas mãos dos impiedosos soldados
Que o
pregaram na cruz, deixando-o agonizar
Até o último
suspiro, mas antes do anoitecer
E Jesus o
Cristo morrer, ele agonizando pediu
Ao seu pai
pela humanidade: eles não sabem o que fazem,
A eles dou
meu sangue e também meu coração.
Depois de
visitar o corpo de Jesus Cristo na igreja
Minha
família voltava para casa em oração
O silêncio
eram mantido até a última refeição
Tudo isso em
respeito à sexta-feira da Paixão!
A criançada
dormia, querendo que o novo dia
Logo
amanhecesse, com o sol anunciando o
Sábado de
Aleluia!
E todos em
alegria pudessem malhar o Judas
Que no poste
pendurado denunciava a prisão
Daquele que
a Jesus traiu, por algumas moedas de ouro
Entre
risadas e gritos, com paus e varas compridas
Adultos e a criançada
batiam forte no boneco
Pelo prazer
de vingar a morte de Cristo Jesus
Que por nós,
morreu pregado tristemente numa cruz!
Edison Borba
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