Aproveitando a chegada do Dia Internacional da Mulher e
fazendo uma reflexão sobre o Brasil que temos hoje, lembrei-me das baianas que
desfilam nas Escolas de Samba do Rio de Janeiro. A maioria, mulheres de
comunidades, donas de casa, senhoras do samba e da vida, que lutam para
sobreviver nesta Terra, abençoada por Deus, e bonita por natureza. Vê-las
rodopiando na avenida dos desfiles é um deslumbramento.
A elas e a todas as brasileiras trabalhadoras que lutam
diariamente para manter este País, agradeço, abraço e dedico este poema.
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Elas giram, elas rodam e rodopiam na avenida
Mulheres
maravilhosas de saias rendadasBaianas queridas, do nosso carnaval
Deusas senhoras que giram e rodam
Na barra das
saias elas levam a vida
Sorriso nos
lábios, espantam a tristezaElas trabalham e lutam para sobreviver
Colares de contas, pulseiras e badulaques
Pano da
costa, azeite de dendê e um saboroso acarajé
Cozinheiras,
bordadeiras, costureiras, arrumadeirasSão muitas “trabalhadeiras” que tecem e costuram
Um dia no outro, mês a mês, ano a ano
Transformam suas casas em palacetes
E da pouca
comida fazem um banquete
Durante o
desfile são grandes rainhasMusas, vibrantes, mulheres elegantes
Elas giram, elas rodam e rodopiam
Equilibram turbantes com a facilidade
De quem
aprendeu a viver com a vida
Representam a herança do nosso passadoRaízes de um povo trabalhador
Abram alas para as baianas
Mulheres brasileiras
As musas do carnaval carioca
Elas merecem todo o nosso amor!
Edison Borba
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