Apesar
da implantação das UPPS (Unidades de Polícias Pacificadoras) confrontos entre
policiais e moradores das comunidades, onde estas unidades foram instaladas,
estão acontecendo. Hoje o dia começou com os jornais anunciando mais um morto
na região do Jacarezinho, bairro da cidade do Rio de Janeiro.
De
um lado os policiais. Do outro, moradores gritando por justiça. No meio da rua,
coberto por um plástico preto, o morto.
De
um lado, declarações dos policiais. Do outro, acusações de truculência. No
asfalto, um homem, a vítima.
De
um lado, a polícia. Do outro, a população. No chão, mais um cidadão.
A
população acompanha esses confrontos, que já fazem parte da rotina carioca. Antes
das UPPS, elas eram mais violentas e
aconteciam em maior quantidade. Atualmente, esses fatos continuam ocorrendo,
mesmo que em menor número.
A
palavra justiça, gritada pelos moradores e exibida em folhas de papelão,
exibidas pelo povão, sempre acusando os policiais, nos deixam com uma sensação
de dúvida: em que lado está à verdade?
Será
mesmo que todas as vítimas foram produzidas pelas armas dos policiais?
Será
que foram as armas dos traficantes que causaram as mortes?
Será
que ainda existe um comando paralelo, que induz à população a fazer as
manifestações?
Com
quem está a verdade?
Enquanto
isso, a vida segue sua rotina, estranha rotina: policia, samba, povo, mortos,
tiros, propaganda, políticos muita conversa e pouca ação.
Muito
pouco está sendo feito para melhorar as condições de vida da população. Hospitais sem condição de
atendimento. Lixo acumulado em muitas ruas. Quando chegam as chuvas, as
enchentes acontecem em quase toda a cidade. Ainda existem muitas comunidades
sem saneamento básico. Os transportes cobram preços exorbitantes para um
atendimento de má qualidade. No estado do Rio de Janeiro, vários municípios
acumulam problemas, que infelizmente, ajudam a deixar o Brasil como um país de
terceira classe. Imaginando que esses problemas se repetem em todos os outros
estados da federação, estamos diante de uma tragédia nacional.
Apesar
da tão divulgada alegria do povo brasileiro, da sua ginga e samba no pé. Apesar
de sermos um povo criativo, e a nossa cultura popular ser uma das mais ricas do
mundo. Isso não basta! Estamos nos contentando com muito pouco.
Circo
é bom e faz bem para a alma, mas é preciso saúde, segurança e educação. Não se
constrói uma grande nação apenas usando o potencial do povo, sem dar condições para
que esses potenciais sejam capazes de se transformar em felicidade.
É
hora de pensar! É hora de agir!
Apenas
para lembrar: o dinheiro do povo não é água para se jogar no ralo. Até quando
vamos assistir obras gigantescas, construídas apenas para satisfazer o ego de
alguns maus brasileiros.
Até
quando?
A
guerra continua ...
Edison Borba
Nenhum comentário:
Postar um comentário