Diz um ditado popular, que
viver só é melhor do que “mal acompanhado”. Isto é, ficar sozinho deve ser
melhor do que viver com uma pessoa do mal.
Mas, como identificar essa
pessoa? Para que possamos estabelecer algum tipo de valor será preciso
conviver, isto é, viver com. E viver com é trocar identidades é se envolver, pois
quando convivemos, corremos o risco de gostarmos, mesmo quando se trata de
alguém considerado do mal. Eis então o perigo!
Gostar de alguém é não ver
defeitos então caímos em outro ditado: “quem ama o feio, bonito lhe parece”.
Talvez essa seja a
explicação para a grande quantidade de pessoas, principalmente mulheres, que
moram com o inimigo e não têm coragem de denunciá-los. Sabemos que muitas não o
fazem por medo do que poderá lhes acontecer. Mas também temos conhecimento de
outras que se envolvem de tal forma, afetivamente com o carrasco, que preferem
viver com o mau, que ficarem sozinhas,
contrariando o ditado, que afirma exatamente o contrário.
Outro ditado popular, nos
ajuda a entender essa situação: “o coração humano é terra que ninguém pisa”.
Como vamos entender um amor bandido ou como entender o amor por um bandido?
Novamente vamos apelar para
a voz do povo, que afirma: “o que é de gosto, regala a vida”. Existem
“Amélias”, tanto no gênero feminino quanto no masculino. Pessoas que aceitam o
tratamento ruim, ou o mau trato, e conseguem viver “mal acompanhadas”.
Apelando para os estudos da
psicologia, surge uma questão: “quando o sadismo e o masoquismo se encontram, pode até nascer
uma relação feliz e complementar. Mas, isso é assunto para o incrível Freud
explicar.
O melhor é buscarmos outro dito popular para sairmos dessa
confusão afetiva: “em briga de marido e mulher é melhor não meter a colher” ou
“em briga de casal, quem se mete acaba
mal”.
Atualizando o ditado, para o
momento Daniela Mercury: “em confusão de par é melhor nem olhar”.
Edison Borba
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