Iniciamos esta segunda-feira, 29 de
abril, com a notícia que um conhecido personagem da vida pública brasileira,
foi parado pelos agentes da Lei Seca, após causar um acidente automobilístico.
Na delegacia, pagou fiança de vinte e dois mil reais, e foi colocado em
liberdade. Sorrindo, afirmou para os jornalistas que essa importância nada
significava para ele. Em outra cidade, um jovem de 18 anos, também embriagado,
sem ter carteira de habilitação, atingiu vários carros e se chocou com o muro
de uma escola. O jovem é filho de um exdelegado. Também foi liberado.
Enquanto isso o menor que matou a
dentista, queimado-a ainda viva, prestou depoimento sobre o crime, e segundo
declarações da Delegada, ele contou todos os detalhes tranquilamente “como se tivesse narrando um capítulo de
novela”. Como se trata de um menor de idade deve ficar detido no máximo por
três anos em uma casa de orientação para menor.
Num país que possui mais de 180 mil
leis, perguntamos: “para quem servem”?
Em pesquisa feita entre diversos homens
e mulheres, e as respostas foram interessantes e tristes.
Mais de 70% dos entrevistados, afirmaram
que se for necessário desobedecem as
leis. Alegando que o fazem porque os ricos, poderosos, artistas, jogadores de
futebol, políticos e filhos de pessoas influentes não são punidos. Somente os
pobres e trabalhadores as leis são brasileiras são aplicadas. Portanto ...
A impunidade que protege abertamente um
grande número de brasileiros considerados inatingíveis pelas leis, regras,
multas e todos os regulamentos previstos nos nossos códigos penais e até na
Constituição, é responsável pela atitude que muitos assumem, alegando que dar um “jeitinho” é
normal no Brasil.
A famosa “Lei de Gerson”, se tornou
patrimônio nacional. Infelizmente, (repetindo), a cada famoso, emergente,
político, artista, jogador de futebol, empresário e seus familiares, que
atropelam literalmente as leis são liberados de suas obrigações sociais, fica
difícil mudar a mentalidade do povão.
É muito triste, começarmos mais uma
semana diante de fatos tão constrangedores. Eu ainda continuo acreditando que a
educação é um dos melhores caminhos para mudarmos essa situação. Educação
séria, que conscientiza e forma cidadãos capazes de votar em homens e mulheres
dignos, éticos, honrados e que amem o Brasil.
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