Tudo
que existe no universo tem princípio, meio e fim. Esse ciclo, na realidade é um
círculo fechado que coloca o início de encontro com o fim, deixando claro que o
fim nada mais é do que o início de um novo ciclo. A repetição destes ciclos em
círculos é que nos dá a sensação de eternidade cíclica e a impermanência da vida que se perpetua
através dos ciclos.
Nada
é permanente no Universo, existe uma
constante mudança, onde o antigo e o novo estão interligados numa longa
corrente sem fim. O encadeamento dos ciclos e dos círculos são atemporais. A eternidade está contida nas
24 horas do ciclo de um dia. Todas as manhãs,
renascemos e, iniciamos um ciclo novo, tudo o que tenho e sou completa-se a cada dia. Quando juro meu amor
a alguém, a validade desta promessa é de apenas 1440 minutos.
A
beleza da impermanência da vida está na possibilidade de renová-la
constantemente, entendendo que vivemos ciclos diários, que se complementam
formando elos numa cadeia infinita. O importante é percebermos a plenitude do
aqui e agora. Quanto mais consciente estivermos do nosso dia, e procurarmos
completá-lo de forma plena, mais equilibrada será a nossa vida, vivida ciclo
após ciclo. O sofrimento pode ser consequência de querermos sair do nosso
ciclo, tentando alcançar uma etapa sem complementar a anterior, forçando a
quebra dos elos da grande cadeia universal de cada ciclo.
Diariamente,
ao adormecermos damos adeus à vida e mergulhamos nas incertezas do novo dia que
virá. Ao amanhecer, quando iniciamos um novo ciclo, abre-se a oportunidade para
novas situações, transformações e até extinções. Durante todo o nosso ciclo
vital, as mudanças se sucedem numa frenética ebulição, que se traduz em
calmaria, da complementação das reações de um ciclo. Se estivermos convictos,
que o amanhã nos reserva novidades, posso viver livre, sem me prender a nada
eternamente.
A
felicidade pode surgir, para quem souber entender, que o eterno é construído
diariamente. Quem acredita que nada mais tem a fazer, porque tudo já está
conquistado, como: família, bens e amor, corre o risco de acordar num ciclo
vazio. Precisamos lutar diariamente, por tudo o que almejamos, como se tudo o que está ao nosso redor, ainda precisasse
ser conquistado.
Edison
Borba
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