Iniciamos
o dia 29, com mais duas pessoas atingidas por bala perdida, no Rio de Janeiro e
sob o impacto da divulgação das estatísticas de mortalidade da juventude
brasileira. O número de jovens entre 12 e 18 anos assassinados no Brasil é de
tal magnitude, que fica difícil formar uma imagem mental desta catástrofe. Essa
brutal lista, nos coloca diante do “interrompimento” de ciclos de vida em fase
de produtividade. A cada jovem morto, o país perde em mão de obra,
inteligência, criatividade, progresso e sonhos de tornar o Brasil, uma pátria
realmente forte, estamos vivenciando um grande desperdício de vida humana. A
seriedade desta situação, torna-se mais
preocupante, por se tratar de ações cotidianas e de ocorrência nacional.
Matamos
jovens em todos os estados do Brasil, diariamente, a qualquer hora, por
qualquer motivo. Entre outros, este é um grande desafio para os governos dos
municípios, estados e do Brasil. Um grande número de nossas crianças cresce,
sem acesso a uma educação de qualidade, sem informações culturais que possam dar a elas a dimensão de um mundo
diferente do que aquele que elas vivem. Seus
heróis são traficantes, bandidos e marginais, que ostentam em suas comunidades
riqueza e poder. A facilidade de se tornar um herói, ganhar dinheiro fácil,
ficar no centro das atenções das “gatinhas” e viver uma vida de ostentação, faz
com que o mergulho para a morte seja desprezado. O importante para muitos
jovens é o aqui e o agora. Morrer para eles passa a não ter o mesmo valor que os
demais membros da sociedade, e aqui podemos incluir, se eu não ligo para
morrer, também não me importo em matar.
O
Brasil começa o ano de 2015 enfrentando uma de suas maiores crises: falta de
água, queda na produção de energia, aumento da criminalidade e do assassinato
de sua juventude.
Que
futuro aguarda esta grande Nação?
Edison
Borba
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