Estamos
vivendo o período da Quaresma. Segundo os ensinamentos bíblicos, esse é o tempo para reflexão. Após os festejos do
carnaval, é hora de tirarmos as fantasias, não as que foram usadas para os
bailes, mas as que estão em nossa alma.
É
um tempo de se fazer o jejum, não apenas dos alimentos, mas o jejum das
palavras ruins, jejum da inveja, do ódio e de tudo o que corrompe de destrói a essência
humana.
Os
mais variados profetas, como Marcos, Paulo, Joel entre outros falam sobre esse
tempo que não é de tristeza, mas de preparação para ter uma nova vida, com os outros, com a
natureza e com o nosso coração.
Culpamos
a correria do mundo moderno para nos afastarmos do SAGRADO, que nada mais é do
que aqueles que vivem conosco, em nossa casa, em nosso trabalho, em nossa
comunidade e em todos os lugares por onde passamos.
De
tanto olharmos para o visor dos celulares já não olhamos mais para os LÍRIOS DO
CAMPO.
A natureza que nos foi presenteada está desprezada
e só a percebemos, quando algo complexo acontece.
Diante
da crise da água, todos estão se preocupando com esse bem natural?
Será
que é a sede que mais nos preocupa?
A
água que mata a sede e a sede que nos mata! A Quaresma é tempo de pensar sobre
essa questão e sobre muitas outras que gradativamente estão envolvendo o nosso
Planeta.
Este
também é tempo de conversão, isto é, tempo de transformação. Uma das mais
importantes conversões que o mundo precisa urgentemente é a conversão das
religiões. É chegado o tempo de mudanças nos templos e no coração dos
religiosos. Chega de preconceitos, chega de falsos milagres, chega de templos
repletos de corações vazios. Chega de espaços cercados por arame farpado onde se
recusa a chegada e a entrada daqueles que a “igreja” considera pecador.
Quem
tem o direito ao julgamento dos que querem orar?
Quem
faz como Jesus, que na hora de sua morte, repete: “Pai, em suas mãos coloco
minha vida”, não pode ser recusado.
Neste pedido está toda a humildade que já não se encontra nas Igrejas
criadas pelos homens.
Jesus
não construiu templos, sua igreja eram os vales e nos campos. Nas praias e as
montanhas. Não havia tronos e nem cercas impedindo a entrada de quem com ele se
quisesse orar.
As
IGREJAS precisam se converter! É urgente!
Infelizmente,
pequenas guerras são iniciadas no interior dos mais luxuosos e até nos mais
simples templos. Uma guerra religiosa fria e silenciosa esta se alastrando como uma epidemia.
Todos
nós podemos fazer como Davi e rogar a Deus!
Purifica-me Senhor!”
È tempo de
Quaresma, é tempo de repensar e pensar numa nova forma de viver, olhando com
mais carinho e cuidado tudo o que está ao nosso redor!
Temos
quarenta dias para reavaliar nossos atos e renascermos para novos tempos!
Vamos
tentar?
Edison
Borba
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