Durante os primeiros anos escolares, aprendemos que o corpo
humano divide-se em três partes: cabeça, tronco e membros. Esta primeira aula,
geralmente vem acompanhada de noções de higiene, como lavar as mãos, escovar os
dentes, tomar banho diariamente entre outros mecanismos que ajudam a manter a
nossa saúde. São questões primárias, que nos ajudam a sobreviver. Com o passar
dos anos, e com a utilização as peças que formam a engrenagem do organismo
humano, começam a ratear, apresentar pequenos problemas, que a medicina
rapidamente corrige. E assim caminhamos seguindo em frente levados pelas
pernas, agarrando com as mãos e os braços o que amamos e ingerindo o que nos
apetece. Quando tudo é feito dentro dos mínimos padrões exigidos pela natureza,
a máquina humana pode ultrapassar os cem anos de uso.
Porém, nas últimas décadas, alguns seres resolveram inovar
suas características e quebram as regras, na tentativa de alterar o projeto
básico biológico por vaidade ou por necessidade de desviar o ciclo vital.
Nesta loucura, introduzem em seus corpos substâncias de
diferentes procedências, que alteram as reações do corpo no qual elas são
injetadas, podendo causar graves consequências até para a sobrevivência, além
de transformá-los em modernos Frankensteins. Neste quesito as mulheres têm sido
as mais vulneráveis, tornado-se bonecas infladas de tal forma, que servem
apenas para as fotos. À feminilidade, à sensualidade carnal e sexual cede lugar
a balões de borracha, cuja sensibilidade é a mesma das bonecas compradas nas
lojas de produtos eróticos.
A utilidade destas beldades serve apenas para capas de
revistas e nada mais. Os homens, os verdadeiros homens, quando querem encontrar
o prazer, vão beber na fonte, onde ainda existem corpos naturalmente saudáveis
e bem cuidados.
Edison Borba
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