Chegou
o carnaval. O rei Momo, já assumiu o seu trono, rodeado de princesas e musas. É
hora de abrir o armário e inventar uma fantasia de “rei, ou de pirata ou
jardineira, pois tudo vai acabar na quarta-feira”.
É
chegado o tempo de beijar na boca, cair na folia, esquecer as contas e as
preocupações. É tempo de alegria. Hora de espantar as tristezas e deixar claro
que “esse ano, não vai ser igual àquele que passou, eu não brinquei e você
também não brincou”.
Entrar
num bloco e deixar que o frenesi musical, tome conta das nossas vidas, mas com
cuidado, porque “um pierrô apaixonado, que vivia só cantando, por causa de uma
colombina acabou chorando, acabou chorando”. Nada de chorar por amores
carnavalescos! Temos que assumir a folia e deixar claro que “nesse carnaval não
quero mais saber, de brigar com você”. Entrar na banda, pular nos blocos,
sambar na avenida e “com pandeiro ou sem pandeiro” vamos brincar. Sem confete e
serpentina, vamos nos divertir. E “se a canoa não virar”, todos nós chegamos
lá. Não importa onde fica o “Lá”, o que vale é chegar “Lá”!
Se
o dinheiro estiver curto e não der para comprar aquela fantasia, faça como a
“chiquita bacana, lá da Martinica que se veste com uma casca de banana nanica”.
É
carnaval é folia, pegue um cabo de vassoura e faça o seu estandarte. Entre nos
cordões e vá puchando o refrão: “quem não chora não mama”, pois “lugar quente é
na cama” ou então no Bola Preta.
Na
hora da folia vale a pena roubar beijos, de bocas desconhecidas, sair do
armário e ser um desmascarado por três dias. Alimentar o ego, sem desrespeitar
as regras e dizer em altos pulmões: “mamãe eu quero, mamãe eu quero mamar, me
dá chupeta, dá chupeta, pro neném não chorar”.
Vamos
cair na farra, nos blocos de rua, nas quadras e coretos. Vamos transformar
avenidas em passarelas e entrar nessa onda “que eu vou, olha a onda Iaiá, que o
Bafo da Onça acabou de chegar”. É o Bafo, o Cacique, o Simpatia é Quase Amor e
a Banda de Ipanema além de outros tantos grupos que arrastam multidões. Vamos
dançar frevo, cirandas, maracatus e sambar, pois “quem não gosta de samba, bom
sujeito não é, é ruim da cabeça ou doente do pé”.
Mas,
a brincadeira precisa ser bem dosada, portanto, alegria, folia e felicidade,
devem acontecer desde que algumas regras sejam seguidas, para o bem estar de
todos:
-
se beber, não dirija;
-
use os banheiros públicos. Não faça xixi nas ruas;
-
se vai amar ou transar, use a camisinha;
-
não deprede o patrimônio público;
-
respeite crianças, idosos e os deficientes;
E
agora, aguenta coração que “índio quer apito, se não der pau vai comer”!
Edison Borba
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