Na
história de Jesus, o bom ladrão é salvo ao se arrepender, quando colocado na
cruz, ao lado do Mestre. Conhecido na igreja católica como São Dimas, ele é
exemplo que o arrependimento sincero pode ser um caminho para alcançar o céu.
Existem
os furtos, os desvios, os roubos, os latrocínios, as corrupções, as propinas,
as rapinagens, as carteiradas e muitas outras formas de se apoderar daquilo que
é do outro ou dos outros.
Quanto
aos ladrões existe uma hierarquia e classes sociais que os identifica; como: os ladrões pé de chinelo, isto é, os que cometem furtos de relógios, cordões,
bolsas, roupas e até de tênis entre outros produtos, para revender e comprar drogas baratas como o crack. Existem
os invasores de residências, cujas ações são bem mais ousadas. Desconhecem as
câmeras, cercas eletrificadas e os seguranças. Estes também invadem lojas e
explodem as caixas de bancos. Neste grupo, também podemos incluir os que
aplicam o golpe da “saidinha de banco” fazendo sequestros relâmpagos. Todos, são raia
miúda e ao levarem o produto do alheio, vendem e gastam, não sobrando nada, o
que os impele a realizar novas ações. São realmente pés de chinelo. Quando presos, suas fotos são
colocadas nas paredes dos presídios contendo uma numeração.
Ocupando
uma hierarquia maior, encontramos os
empresários e políticos, homens e mulheres em sua maioria com nível superior de
ensino, ocupam altos cargos na política ou na rede empresarial, eles se
apoderam de altíssimas quantias. Suas moedas preferidas são o dólar e o euro,
agem em escritórios de luxo, possuem secretárias bonitas e suas fortunas, são depositadas em bancos estrangeiros.
Comparando
as duas classes, surge uma reflexão, que eu convido o leitor a dividir comigo:
os citados pés de chinelo têm objetivos rápidos, diretos e de curto prazo.
Agem, roubam, furtam, gastam e voltam a manter a rotina, até serem mortos ou
presos.
A
mais alta classe de ladrões está
organizada de forma politicamente correta, são eleitos democraticamente. Tornam-se
prefeitos, governadores, presidentes, empresários, diretores de grandes empresas cargos, cujo poder lhes
permite roubar incansavelmente respeitando a lei, pois se consideram acima da
mesma, somando montantes financeiros que se manterá por muitas gerações.
O
que me deixa confuso é o fato desses indivíduos (homens e mulheres) não conseguirem
parar de roubar, desviar, furtar e acumular fortunas.
Que
tipo de desvio de conduta psicológica, faz com que eles e elas nunca consigam
saciar sua fome de poder?
No
mundo político e empresarial brasileiro, temos gerações de ladrões: avós, pais,
filhos e netos de ambos os gêneros sem interromper o ciclo de vagabundagem. São
grupos familiares que perderam todo o pudor, ética e a noção de qualquer sentimento de amor ao próximo. Eles comandam
estados e cidades brasileiras, onde o povo morre na miséria e seus governantes
nadam em piscinas de dólares.
Eu não quero criticá-los quanto aos roubos, mas
questionar o porquê de nunca conseguirem interromper o ciclo do maligno vício
da rapinagem.
Será
que algum psicanalista, vidente, cartomante ou outro especialista na área da
vidência, conseguiria responder esta questão?
O
que já roubaram é tanto que ficará acumulado nos paraísos fiscais, após a
sua morte. Eles não conseguirão gastar o
que roubaram do povo por várias gerações. Por que continuam roubando?
Sugestão,
seguindo o exemplo de Dimas, o bom ladrão: não há necessidade de devolver o que
já está armazenado em suas contas, basta que PARE DE ROUBAR E USUFRUAM, DO QUE JÁ TIRARAM DOS TRABALHADORES!
Quem
sabe, agindo assim, eles conseguirão uma vaga no céu!
Edison
Borba
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