Sempre
me emociono no período do carnaval. Não é a mesma emoção que nos envolve no
Natal e Ano Novo, neste período “momesco” minhas emoções são patrióticas. Fico sensibilizado
assistindo a riqueza musical brasileira. Em cada região, e na mesma região, há
uma diversidade de ritmos e cantares que provavelmente não exista em outros
países.
O
samba, aparece sob as mais diferentes formas, desde o luxo das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, até as
pequenas rodas de sambistas que se formam em várias esquinas. Temos maracatu,
frevo, bois, ranchos, marchinhas, caboclinhos, índios e muito, mas muito mais
manifestações rítmicas, deixando explícita a alma festeira do povo brasileiro.
Nas
ruas, os blocos, reúnem milhares de pessoas de todas as classes sociais,
formações acadêmicas e profissionais. O carnaval é uma festa onde existe confraternização, semelhante
da
que ocorre no Natal, porém, bem mais democrática.
Não
há, a preocupação com o comprar presentes, ter que compartilhar por obrigação e
não por devoção, reunir sem rezar apenas para atender às convenções sócias. No carnaval,
basta ter alegria no coração, e vontade de dançar e cantar. Qualquer roupa, em
qualquer lugar, é só chegar e deixar o ritmo, seja ele qual for, tomar conta do
corpo para a festa começar.
No
carnaval, exageros à parte, o Brasil mostra a cara de seu povo!
Assistindo
aos festejos, como numa vitrine, ficamos emocionados com a criatividade,
alegria e espontaneidade desta gente que mesmo passando por grandes problemas
sociais, é capaz de dançar e ser feliz pelo menos enquanto o carnaval existir.
Essa
é a imagem que me emociona. E fico ainda mais sensibilizado, de saber que este
povo alegre, quase infantil, cheio de ritmo e bossa, ainda é capaz de dançar e
ser feliz tendo como seus governantes uma das piores corjas de ladrões do
mundo.
Pelo
menos no tempo do carnaval vamos tentar esquecer que temos política suja. Que nossos
eleitos usam máscaras o ano todo e a fantasia deles é infernizar o trabalhador
brasileiro.
Edison
Borba
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