A
mania de mentir é uma característica cada vez mais presente na política
brasileira.
Mentir
é um ato que todos nós já usamos algumas vezes para resolver um pequeno
problema. Inventar uma história para o
chefe, para justificar o atraso. Dizer que o ônibus quebrou, o trem atrasou ou
alguma outra situação, que não irá causar problemas para mais ninguém, pode ser
considerado relevante. Porém, quando o ato de mentir torna-se uma rotina, vira
mania, sempre sendo usada para disfarçar ou ocultar situações, está-se diante
de um problema médico psiquiátrico, isto é, o surgimento da mentira patológica.
Creio
que Pedro Álvares Cabral, quando aportou as suas caravelas em nossas praias, ao
enviar carta para Portugal narrando os seus feitos, já o fez aumentando alguns
pontos e mentindo para a Coroa Portuguesa.
Desde
1500, a mentira ficou institucionalizada no Brasil colônia, que virou império, conquistou a independência e república,
passou por ditaduras e hoje tentamos acreditar que vivemos numa democracia. Os homens e mulheres que compõem
o nosso sistema político apresentam comportamento compulsivo para mentir. Eles
são capazes de simular, omitir, inventar e distorcer os fatos, que atualmente o
povo já nem sabe mais se o Natal será comemorado no dia 25 de dezembro.
O
comportamento de todas as classes de políticos dos vereadores até a presidência,
não há como aceitar como verdade tudo o que a maioria declara. O vício de
mentir, aqui no Brasil, é tão forte que já atingiu alguns Juízes. Nossas Leis
são mentirosas, elas possuem textos, que podem ser interpretados de várias
formas, deixando lacunas abertas para que as mentiras possam ser usadas, quando
houver necessidade de se enganar alguém.
A
nossa presidência, criou um Brasil irreal, e vive mergulhada nele. Uma nação
como o País das Maravilhas da Alice.
Pela
necessidade de se autopromover, a governância e seus companheiros, estão
envolvendo o povo numa atmosfera
compulsiva de mentiras e mais mentiras.
A situação é tão grave que os mentirosos se atrapalham em suas declarações.
Os
mananciais que abastecem a região sudeste sobem e descem de nível numa variável
confusa. Água do sistema morto dura até março, ou será julho? Haverá ou não
racionamento? A situação econômica do Brasil, com está? A operação Lava Jato,
terá ou não um final sério?
Em
todos esses problemas, ouvimos diariamente um mar de mentiras que já nem
sabemos mais se estamos ou não em território brasileiro ou no País das
Maravilhas da Alice.
A
mentira entre os políticos brota espontaneamente, eles não fazem nenhum
esforço, é tudo extremamente natural. Faz tempo que eles perderam a sintonia
com o real, “agora preferem sintonizar o
dólar ou então o euro”.
A
mitomania tomou conta de todos os setores políticos do país. O Brasil já
apresenta um quadro psiquiátrico irreversível, mentir já virou mania nacional.
Edison
Borba
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