Dia
dos “finados”! Dia para lembrarmos dos que faleceram! Daqueles com quem
convivemos e dos que formam nossas raízes.
Todos
nós somos provenientes de uma relação de seres, que passaram suas bases
genéticas adiante, perpetuando as características da nossa espécie, nossos
antepassados.
Levando-se
em conta que os genes são constituídos de moléculas bioquímicas, que passam de
geração em geração, podemos imaginar e até sonhar, que provavelmente em nosso
organismo exista uma porção bioquímica que já existiu em outro organismo, como
dos nossos pais, avós, bisavós entre outros.
Essa
é uma reflexão interessante e fascinante quando “comemoramos” o dia dos
finados. Permite, através de uma visão bioquímica, que possamos manter vivos em
nós, aqueles que amávamos e, que faleceram.
O
fenômeno da morte ainda é um tabu. O medo de morrer e de perder pessoas amadas
nos deixam assustados. Buscamos comunicações através de “paranormais” que
através de “poderes” que não sabemos explicar, fazem contatos com o mundo dos
mortos, trazendo recados e dessa forma nos confortando. Mas tudo isso, está sempre envolto numa
atmosfera de desconfiança. Há sempre uma dúvida quanto a veracidade da mensagem
recebida.
Como
substituir filhos, pais, amigos e amores. Mesmo quando se mergulha no mundo da
fantasia e os clones aparecem como substitutos, sabemos que eles não poderão
substituir a matriz.
Fotos,
filmes, cadernos de recordações são também usados para mantermos vivos os
nossos finados. Uma roupa, um perfume, um som, uma melodia, um sabor são elementos, que materializam por segundos ajudam a viver com
a saudade.
Filosoficamente
pensando, enquanto existir quem se lembra de alguém, esse alguém se manterá vivo.
É a imortalidade histórica!
Seja
como for, a saudade é a forma mais forte de guardarmos nossos entes queridos em
nossos corações. Esse sentimento que nos amargura e nos faz sofrer é também a
forma de amor, responsável por fazer renascer e manter vivo quem jamais morrerá
em nosso pensamento.
Porém,
a doação de órgãos é um excelente caminho para mantermos viva a memória de nossos
amigos e parentes. Imaginemos
o coração de um ente querido, pulsando no peito de outra pessoa, gerando vida e
alegria para outra família.
Doar
órgãos é perpetuar a vida de alguém que amamos. É uma atitude de amor em mão
dupla: para quem deixou de viver e para quem poderá continuar a viver.
Edison
Borba
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