Quem matou Odete Roitman? Esta pergunta ainda permanece no
imaginário popular, ocupando espaço junto com a doce mamãe Dolores.
As risadas de Porcina, a viúva daquele que “foi sem nunca ter
sido”, ainda ecoam nos nossos ouvidos.
O Direito de Nascer, fez o Brasil chorar durante quase dois
anos e o Pantanal, nos levou pelas belezas do pantanal brasileiro
guiados por Juma Marruá.
Tiêta, fez os brasileiros se voltarem para a região do agreste,
e muitos televisores ficavam ligados nas quentes areias nordestinas.
Essas explosões de audiência são espontâneas e muitas vezes, deixa
surpreso até o autor da novela. Como explicar o sucesso dos Irmãos Coragem,
Gabriela e da Escrava Isaura, que emocionou em duas versões, encenadas em
épocas distantes e produzidas por emissoras de televisão diferentes.
Neste momento, uma história bíblica, supostamente conhecida do
povo, através das pregações de padres e pastores, além de produções
cinematográficas, Os Dez Mandamentos, está fazendo o Brasil se voltar para a
saga de Moisés e de seu perseguidor o Faraó Ramsés.
Os telespectadores foram se envolvendo com uma história, que
a princípio já teria o seu desfecho conhecido. Mesmo assim, cada capítulo foi
enredando o povo que passou a descobrir humanidade nos homens e mulheres de um
outro tempo.
O trio amoroso Nefertiri, Moisés e Ramsés encantou a todos
não só pela beleza física dos atores, mas também pelo jogo afetivo que acontece
entre eles.
Uma novela com situações semelhantes a de todas as novelas,
mesmo sendo tematicamente bíblica. Mulheres malvadas, outras boas e sinceras,
traições, boatos, beijos, amantes e a eterna luta entre o bem e o mal ou entre
os bons e os maus.
Mais uma vez os deuses da teledramaturgia abençoaram uma
novela: “Os dez Mandamentos”, que será lembrada por muitos e muitos anos. Alguns
de seus personagens também marcaram a vida dos atores que os interpretaram.
Eles ficarão no imaginário popular, assim como Nazaré Tedesco, que “possuiu”
Renata Sorrah, em Senhora do Destino, Yunet nunca será esquecida, graças a sua “encarnação”
na grande atriz Adriana Garambone.
Que as águas do mar vermelho se abram e deixem mais um grande
sucesso da televisão brasileira seguir seu caminho, rumo a imortalidade.
Edison Borba
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