O ódio que
sinto por ti, não é paixão enlouquecida,
é amor enraivecido
É vontade de
ter o fruto que ainda não pude colher.
É primavera
sem flores, por não tê-la entre os amores
que já tive,
tenho e ainda vou ter!
Não me
ignores em sua vida, pois sei que também sentes
vontade de provar do mel, que na
minha boca está
Finges não
perceber por medo da tentação.
Receias
enfrentar com certeza, aparentando frieza pois
quando provares o licor
e
do meu mel ... jamais
irás me esquecer!
Mergulharás
em selva escura, de onde não encontrarás saída.
Andarás em
labirinto, perdidamente perdida, embriagada pelo néctar
que impregnará tua
vida, não duvides ... não duvides ...
O que parece
ser efêmero, poderá ser eterno e eternamente impossível
de ser descartado, eu
sei ... tu sabes ... nós dois sabemos!
Por isso, aparentas
ter ódio, por perceberes a cruel verdade
Porque eu provo
da mesma ansiedade, do mesmo fel e desejo ...
Somos
inimigos mortais, somos seres antagônicos
Vivendo em
agonia, de um encontro fatal, que poderá ser mortal
para
nós dois,
numa
explosão de paixões!
Uma luta
será travada sem vencido ou vencedor
Morreremos
juntos abraçados, como inimigos amigos
Explodiremos
em êxtase, descontrolados e ardentes
Numa febre
intermitente, que fará nossos corpos arder
Numa grande
fogueira de extasiante prazer!
Edison Borba
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