Nos anos da ditadura brasileira, Geraldo Vandré, fez o Brasil
cantar “quem sabe faz a hora não espera acontecer”. Este pequeno verso de sua
canção “Pra não dizer que não falei de flores”, levou o País a reflexões e
ações.
Remexendo no baú da nossa História, encontramos momentos que
dizem bem o contexto de Vandré; quando D. Pedro I, assumiu ficar no Brasil,
contrariando a Coroa Portuguesa, ele, ao dizer “fico”, o fez na hora certa.
Mais adiante, Isabel a princesa, soube fazer a hora ao assinar a Lei Áurea, num
momento em que seu pai, não se encontrava na corte.
E foi assim com a nossa Independência e mais adiante a
República, homens e mulheres que souberam a hora de fazer História.
Existem horas trágicas ou complexas como a morte de Getúlio,
e a sua famosa carta “saio da vida para entrar em História” e a renúncia de
Jânio, cujo motivo para a sua “hora da saída”, até hoje continua sem
explicação.
Na nossa vida, também precisamos saber a hora de ir, ficar,
partir, dizer sim ou gritar um não. A sábia natureza, em seus ciclos, nos
ensinam que existe o tempo de germinar, o tempo de florescer e o das frutas
amadurecerem.
Infelizmente, nós sofremos a interferência das emoções, que
em muitos casos interferem no fazer a hora. É possível que os exemplos citados
acima tenham sido provocados pela produção de hormônios que estimularam a
tomada daquela atitude.
Porém, mesmo sofrendo as interferências bioquímicas, a
humanidade possui a racionalidade que deve ser usada em momentos de crise e que
transforma-se no nosso “livre arbítrio”.
Portanto saber fazer a hora, é uma dádiva que devemos
aprender a usar. Acredito que saber agir na hora certa e não deixar os fatos
acontecerem, é um dos melhores aprendizados que a vida pode nos dar!
Edison Borba
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