Eu sei, você
só está dormindo
Você está
fingindo, brincando
Eu conheço
você, acorde!
Deixe eu ver
o brilho dos seus olhos
Preciso
ouvir sua voz, seu riso, seu encanto
Acorda meu
filho! Não tenho mais pranto ...
Não me
deixes assim indecisa ...
Não brinques
comigo ...
Acorda! Saia
deste sono! Eu te peço!
Não me
deixes assim sozinha ...
Meu filho
minha alma minha vida
Hoje mamãe
fez o doce que você gosta
Venha, saia
deste caixão, me de sua mão
Preciso que
você me leve a passear no jardim
Venha, eu
quero me aconchegar em seu colo
Estou com
frio, preciso que você me aqueça
Por que não
me respondes?
Abra os
olhos! Não brinques assim comigo ...
Diga o que
queres, não me enganes
Não vou
aguentar viver sem você
Filho meu!
Acorda! Estou com medo!
Da solidão
do seu quarto, da sua cama vazia
Do seu
silêncio, em meus braços, dormindo
Apertado à
mim ... sua respiração sussurrada
que somente eu ouvia
Como poderei
viver sem estes nossos momentos
Lembras
quando destes os primeiros passos?
Lá estava a
mamãe, braços abertos a esperar você
E seria
assim toda a vida ... foi o que sempre sonhei
Não é justo,
me deixar aqui, inerte enlouquecendo
Sei que
estou perdendo, a luta é desigual desumana
A dor que
sinto me congela a alma, enlouqueço ...
Quero ser
forte, mas não consigo, forças para lutar
Fui vencida,
meu peito sangra, minha alma dói
Insuportável
amargor, infinita dor,
Ver meu
filho querido, adormecido sozinho, entregue
à sua própria sorte
Nos braços
da impiedosa e traiçoeira morte!
Edison
Borba
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