Emílio foi um dos cantores que me fez chorar diversas vezes. Entre
tantas lindas interpretações, uma em especial sempre me levou às lágrimas, 40
ANOS.
Altay Veloso e Paulo Cesar Feital são os engenheiros dessa obra prima e
Santiago o responsável por dar vida aos versos.
Uma das mais significativas obras musicais em que vários momentos da
história do Brasil, aparecem de forma sutil.
Para entender essa maravilha é preciso ter algum conhecimento do que
aconteceu no Brasil império, república e no país da ditadura.
A emoção ainda toma conta do meu coração, porque alguns dos fatos eu
tive o privilégio de vivê-los. Hoje estou lembrando de alguns momentos em que
minha vida aparece nesta pérola que Altay e Feital compuseram.
Apaixonei-me por Guevara, Janis Joplin e pelo Jimmy. Vi Glauber no
cinema e cantei Madalena junto com a querida Elis. Vi o galo cantar no Maracanãzinho,
num festival da canção. Torci por Disparada numa noite encantada totalmente
iluminada por muitos astros e estrelas. Frequentei “Opinião”, num momento em que não se podia ter
opinião. Vi amigos levar tapa na cara, por soldados bem armados, às vezes
amedrontados pelo fantasma ditadura. Vi a
esperança de um país sem dono, morrer com o Tancredo. Chorei ouvindo o Hino de
um Brasil amargurado e, mais uma vez chorei quando vi o Senna correr, vencer e
morrer. Mais um ídolo perdido, mais esperanças sem vida.
Poderia continuar escrevendo e lembrando
tantas outros momentos, mas prefiro ler os versos desse poema e ouvir a
voz do Emílio, me fazendo mais uma vez chorar.
Edison Borba
40 Anos - Emílio Santiago
São 40 anos de aventura
Desde que mãe teve a doçura
De dar a luz pra esse seu nego
E a vida cheia de candura
Botou canção nesses meus dedos
E me entregou uma partitura
Pra eu tocar o meu enredo
Sei que às vezes quase desatino
Mas esse é o meu jeito latino
Meio Zumbi, Peri, D. Pedro
Me emociona um violino
Mas também já chorei de medo
Como chorei ouvindo o Hino
Quando morreu Tancredo
Desde que mãe teve a doçura
De dar a luz pra esse seu nego
E a vida cheia de candura
Botou canção nesses meus dedos
E me entregou uma partitura
Pra eu tocar o meu enredo
Sei que às vezes quase desatino
Mas esse é o meu jeito latino
Meio Zumbi, Peri, D. Pedro
Me emociona um violino
Mas também já chorei de medo
Como chorei ouvindo o Hino
Quando morreu Tancredo
Dos 40 anos de aventuras
Só 20 são de ditadura
E eu dormi, peguei no sono,
E acordei no abandono
E o país tava sem dono
E nós fora da lei
Só 20 são de ditadura
E eu dormi, peguei no sono,
E acordei no abandono
E o país tava sem dono
E nós fora da lei
Quem se apaixonou por Che Guevara
Até levou tapa na cara,
Melhor é mudar de assunto
Vamos enterrar esse defunto
Melhor lembrar de Madalena
De Glauber Rocha no cinema
Das cores desse mundo
Jimmy, Janis, Joplin e John Lennon
Meu Deus, o mundo era pequeno
E eu curtia no sereno
Gonzaguinha e Nascimento
O novo renascimento
Que o galo cantava
Até levou tapa na cara,
Melhor é mudar de assunto
Vamos enterrar esse defunto
Melhor lembrar de Madalena
De Glauber Rocha no cinema
Das cores desse mundo
Jimmy, Janis, Joplin e John Lennon
Meu Deus, o mundo era pequeno
E eu curtia no sereno
Gonzaguinha e Nascimento
O novo renascimento
Que o galo cantava
"Ava Canoeiro", "Travessia"
Zumbi no "Opinião" sorria,
De Elis surgia uma estrela
Comprei ingressos só pra vê-la
Levei a minha namorada
Com quem casei na "Disparada"
Só para não perdê-la
Zumbi no "Opinião" sorria,
De Elis surgia uma estrela
Comprei ingressos só pra vê-la
Levei a minha namorada
Com quem casei na "Disparada"
Só para não perdê-la
Lavei com meus prantos os desatinos
Pra conversar com meus meninos
Sobre heróis da liberdade
De Agostinho de Luanda
A Buarque de Holanda
Foram sóis na tempestade
Mesmo escondendo tristes fatos
Curti o tricampeonato
Meu Deus, também sou batuqueiro
Pois eu nasci em fevereiro
E o carnaval tá no meu sangue
Sou dos palácios, sou do mangue,
Enfim sou brasileiro
Pra conversar com meus meninos
Sobre heróis da liberdade
De Agostinho de Luanda
A Buarque de Holanda
Foram sóis na tempestade
Mesmo escondendo tristes fatos
Curti o tricampeonato
Meu Deus, também sou batuqueiro
Pois eu nasci em fevereiro
E o carnaval tá no meu sangue
Sou dos palácios, sou do mangue,
Enfim sou brasileiro
Sou Ayrton Senna, eu sou Hortência
Dou de lambuja a minha vidência
Não conheço maior fé
Que a de Chico Xavier
Que para Deus já é Pelé
Que é o nosso rei da bola
Dou de lambuja a minha vidência
Não conheço maior fé
Que a de Chico Xavier
Que para Deus já é Pelé
Que é o nosso rei da bola
Quem tem Raoni, tem Amazônia
Se está sofrendo de insônia
É por que tem cabeça fraca
Ou está deitado eternamente
Em berço esplêndido, ou é babaca
Ou está mamando nessa vaca
O leite dos inocentes
Vamos ensaiar, oh... minha gente,
Botar nosso Brasil pra frente
laia, laia, laia, laia...
Se está sofrendo de insônia
É por que tem cabeça fraca
Ou está deitado eternamente
Em berço esplêndido, ou é babaca
Ou está mamando nessa vaca
O leite dos inocentes
Vamos ensaiar, oh... minha gente,
Botar nosso Brasil pra frente
laia, laia, laia, laia...
DIGNIFICO SÃO ESSE SENHORES DAS FALAS , QUE BRINCAM COM ELAS COMO SE FOSSEM CANSÃO , MÁS NÃO ! SÃO UNS SIMPLES SONHADORES COMO QUE ESSE POVO SOFREDOR DESSE MUNDO PEQUENINO CHAMADO BRASIL ,QUE NÃO SONHASTE E NEM VIVESTE PARA CANTAROLAR ESSE HINO DA PÁTRIA QUE SÓ É GENTIL EM NOSSA AMADA TERRA DESSE POVO QUE É VARONIL . "J.L.P de fARIA
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