Hoje
acordei com uma dúvida em minha cabeça: “somos todos filhos de Deus?”
Creio
que esse questionamento surgiu após assistir a um sem número de discussões
entre os mais diversos núcleos religiosos, que apontam caminhos diversificados
para chegarmos a Deus. Além da diversidade de formas de orar, pedir, rezar e
até adorar, tenho observado que na ânsia de angariar fiéis, alguns são
desprezados, por não preencherem adequadamente a ficha de adesão religiosa.
Sinceramente
estou meio perdido ante tantas convocações e também diante de tantas ofertas
para que eu possa atingir a salvação. Minha perplexidade aumenta quando percebo
que para alguns humanos, as portas do céu estão fechadas. Os segmentos
religiosos construídos por nós, do mundo moderno, se mostram intransigentes e
preconceituosos.
Buscando
na Bíblia uma orientação, abri o livro dos livros na página em que Jesus, brilhantemente
(como sempre), diz para os que estavam prontos a matar uma mulher a pedradas: “quem
não tiver pecado, que atire a primeira pedra!”.
Bastou
que essa frase fosse pronunciada, para que todos, um a um, se afastassem do
local e fossem para suas casas refletirem sobre suas vidas.
Após
tantos anos dessa passagem, estamos convivendo com pedradas atiradas por
diversas mãos, as mesmas que carregam terços, bíblias, amuletos entre outros
símbolos de religiosidade.
Será
que existe, hoje, aqui na terra alguém sem pecado algum?
Será
que Deus, diplomou alguns homens e mulheres, e deu a eles o direito de julgar?
Será
que na calada da noite, nos quartos escuros, ninguém comete nenhum pecado?
Não
estou, aqui defendendo bandidos, assassinos, ladrões, terroristas ou qualquer
outro tipo de criminoso. Apenas estou fazendo uma reflexão, principalmente, diante
de algumas palavras tão ríspidas e sem compaixão proferidas por alguns “profetas”
do mundo moderno. Estou pensando nas violentas vozes, que não soam como as de
Jesus.
Nesse
período de Semana Santa, todas as Igrejas deveriam abrir suas portas para
acolher todos sem distinção. Chega de tanto preconceito, racismo e
discriminação.
“Quem
não tiver nenhum pecado, que atire a primeira pedra!”
Edison
Borba
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