Sala fria,
Sala silenciosa.
Pessoas em leitos são monitoradas por aparelhos.
Todas estão adormecidas ou entorpecidas.
Um leve sussurro é ouvido, provavelmente de respiração.
A sombra na parede identifica uma imagem de mulher.
Pode-se observar que ela caminha para um dos leitos.
Aproxima-se de um dos aparelhos.
Um arrepio toma conta dos que ainda conseguem perceber o perigo.
A lucidez de alguns, são garantia para a sua sobrevivência.
A sombra se afasta e o silêncio volta a ocupar o ambiente.
Alguns pacientes já não produzem ruído algum.
A morte está presente na sala fria, branca e silenciosa.
Um raio de luz avisa que um novo dia chegou.
Uma enfermeira constata que mais uma vida se esvaiu.
Um cidadão foi a óbito.
Sem demonstrar emoção, providencia a remoção.
Ato mecânico, de quem já esperava o fato.
Mais um leito vazio.
Abriu vaga na UTI.
Em memória aos leitos vazios da UTI do hospital Samaritano / PR.
Edison Borba
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