Existem muitos “Franciscos” na história
universal. Príncipes, guerreiros, escritores entre outros. No catolicismo
também existem “Franciscos”, entre eles dois se destacam pela forma muito
especial de exercerem a sua fé. Homens que mantiveram uma relação direta com
a natureza e com o povo. Saíram dos
palácios e templos e foram evangelizar da forma mais simples e próxima à que
Jesus o fez: nas ruas e praças perto do povo.
Francisco Xavier, considerado um grande
missionário. Atuou no oriente, junto aos pobres, doentes e prisioneiros.
Nascido em família rica, esse homem, saiu pelo mundo levando os ensinamentos do
Mestre, nos mais variados lugares. Não construiu igrejas nem templos, mas
ajudou na construção de homens, através da evangelização.
Francisco de Assis nasceu rico, viveu plenamente a sua juventude,
até que uma força superior o tocou e o transformou. Tornou-se um defensor da
natureza e dos menos favorecidos. Da mesma forma que o Xavier, não se apegou
aos templos e palácios, sua missão era evangelizar seguindo os mesmos passos de
Jesus. Caminhava e reunia o povo e através de sua palavra e atos, fazia
ressurgir a fé onde havia desespero. Foi um dos grandes defensores da paz e das
vidas em todos os sentidos. Amou e defendeu todas as criaturas da face da
terra.
Nesse momento, um novo Papa adotou o
nome de Francisco. Acredito que ao assumir essa identidade, ele está
propondo-se a percorrer os mesmos passos dos outros “Franciscos”.
Abrir as portas da igreja para todos sem
distinção. Sair “de dentro” do templo e caminhar junto com suas ovelhas onde
quer que elas estejam. Não andar sozinho, buscar em outros líderes religiosos,
a amizade e a paz. Ouvir seu povo com o coração e mesmo, quando tiver que ser
respeitoso com os dogmas do catolicismo, que encontre palavras amenas para analisar
assuntos delicados como os que envolvem a construção de famílias, o amor, as
questões femininas entre outras, não apenas condenando e pronunciando palavras
preconceituosas sobre questões, que envolvem profundamente homens e mulheres de
todos os continentes.
Sabemos que líderes religiosos, precisam
manter posturas públicas relacionadas aos dogmas, que fazem parte da construção
do seu segmento religioso, mas é preciso saber escolher palavras e até orações
para que todos, indistintamente, possam sentir-se parte do todo e nunca marginalizados.
O maior dos Mestres, sempre soube perdoar com um amplo sentido de envolver, acalentar
e entender todos os seus semelhantes.
Sua mão sempre foi estendida para quem o procurasse. Suas palavras eram de
conforto e carinho.
Francisco Xavier e Francisco de Assis,
também assim o fizeram.
Que o novo Papa Francisco I, seja mais
um Francisco entre tantos outros que passaram pela vida ajudando na construção
de seres humanos mais humanos.
Amém!
Edison Borba
Nenhum comentário:
Postar um comentário