A
história está encarregada de avaliar mais um homem de ideias polêmicas e
atitudes complexas, Hugo Chaves. Durante anos esteve à frente de seu povo,
criando regras, ditando ordens e provocando amor e ódio. Ocupou páginas e
páginas, de jornais e revistas. Esteve nos horários nobres dos telejornais. Foi
entrevistado, vaiado e aplaudido. Ao morrer sua personalidade será objeto de estudos, mas
nunca haverá consenso sobre suas ações.
Mais
um líder que irá se juntar a todos que compõem a vasta galeria de homens e
mulheres que tiveram na terra um papel que levará muito tempo até que, se é que
haverá, uma explicação para a sua
popularidade, dividida entre amor e ódio.
Nas
Américas, outros nomes podem ser listados nessa complexa lista de contradições:
Péron e sua esposa Evita, Getúlio Vargas, João Goulart e Fidel Castro são apenas alguns nomes que não saem das
pesquisas.
Todos
foram extremamente populares. Todos provocaram amor e ódio. Todos se envolveram
em situações inexplicáveis quando exerciam seus mandatos.
Na
literatura mundial, esses nomes se aglomeram provocando até hoje dúvidas sobre
as suas formas de agir.
Questionam-se
o papel de líderes europeus, asiáticos e africanos além dos norte americanos e
sul americanos, alguns pelas crueldades outros por relacionamentos afetivos ou
por não assumirem atitudes mais claras quando diante de situações críticas.
Outra
questão que envolve as pesquisas está nos motivos que levaram cidadãos a se
juntarem a eles e colaborarem muitas vezes na prática de atrocidades.
Por
que tantos homens e mulheres seguiram ordens e ajudaram na construção de
governos rígidos, radicais, opressores colaborando para que as suas ações se transformassem em grandes
catástrofes.
Até
hoje trememos de horror diante dos campos de concentração, espalhados pelo mundo, perseguições, prisões e genocídios
praticados por diferentes governos.
A
pergunta continua: por que tantos homens e mulheres, cidadãos comuns, ajudaram
a esses líderes cometerem tantos atos no
mínimo inexplicáveis.
Com
a morte de Chaves, a Venezuela se divide entre Chavistas e não Chavistas. Como
explicar a atitude desses grupos? Quem tem a razão? O que é melhor para os
venezuelanos?
Talvez
em algumas centenas de anos tenhamos diversas pesquisas históricas apontando
para os dois lados. Haverá sempre a dúvida da razão.
Assim
é a história.
Assim
são os homens.
Assim
caminha a humanidade em passos de formiga e sem vontade, conforme o poeta Lulu
Santos, previu em uma das suas músicas.
Que
venham os estudiosos e suas teses e questionamentos!
Edison
Borba
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