Dia
4 de julho de 2013, um jovem atira contra dois colegas, dentro da Escola Estadual Efigênia de Jesus, em
Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais. Alegando
estar sofrendo bullying e que apesar de ser um fato explícito, nenhuma
providência havia sido tomada.
Em
maio passado (2013), uma estudante esfaqueou um colega dentro da escola, na
cidade de Ribeirão Pires, na Grande São Paulo. A agressão aconteceu na Escola
Estadual Farid Eid. Uma aluna alegou que era agredida verbalmente pelo
colega de classe chamando-a de “negra”, “recalcada” e rir do seu sotaque
nordestino. A menina é nascida em Pernambuco e estava matriculada apenas há
três meses, na escola.
Dois
casos entre muitos outros que permanecem ocultos, porque as vítimas não tem coragem
de gritar e pedir socorro, e continuamos ignorando o fato.
Sabemos
que é muito difícil lidar com esse tipo de problema e que pedagógica e
psicologicamente “falando” acontece
entre as crianças e jovens, momentos de agressão. E que faz parte do
processo de desenvolvimento e socialização, atitudes agressivas entre crianças
e jovens. Porém, para tudo existe um limite, que quando é ultrapassado gera dor
e constrangimento.
Talvez,
se a questão do bulliying fosse tratada de forma multidisciplinar,
provavelmente o problema poderia ser amenizado. Importante também lembrar, que
muitas vezes, nós adultos colaboramos para que a situação se torne mais grave.
De forma impensada, familiares e professores usam apelidos para identificar
crianças e jovens, sem perceber o quanto essa forma de brincadeira abre espaço para que colegas façam o mesmo.
Acreditamos
que é preciso haver uma ação conjunta da sociedade, no sentido de estudar
profundamente esse problema, para entender e buscar formas de ações
educativas para cuidar não só das
vítimas, mas também dos “algozes”, ambos precisam de ajuda.
Nossa sociedade vive um momento onde as
ações inovadoras e empreendedoras, são cada vez mais colocadas como sendo o
caminho para melhorarmos as condições de vida da Terra. Fala-se em criatividade
e técnicas pedagógicas modernas. Novas metodologias educacionais são inseridas
nas Grades Curriculares. Porém, o que acontecerá com as crianças e jovens que
praticaram ou sofreram a ação do bullying.
É comum focarmos com mais veemência, a situação
de quem sofre a ação do bullying.
Imaginemos como estarão os aplicadores, os
agentes ativos da agressão. Quem serão esses cidadãos? Como estarão agindo? Se
a vítima guarda cicatrizes, o algoz continuará agindo na sociedade, encoberto por
um título ou um cargo que irá lhe conferir poder. Quantos crimes poderão
acontecer, praticados por aplicadores de bullying?
Que
tipo de cidadãos, estamos formando?
Ambos precisam de ajuda. Nossa sociedade vive
um momento onde as ações inovadoras e empreendedoras, são cada vez mais
colocadas como sendo o caminho para melhorarmos as condições de vida da Terra.
Quanta criatividade e talento poderá ser perdida mediante essas ações.
Os problemas do bullying são maiores do que
ainda podemos perceber. O tempo revelará os seus malefícios, portanto temos que
agir agora, impedindo que esse fenômeno continue a existir.
Educação é a grande saída!
Edison
Borba.
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