Analisando a história da humanidade, encontramos
diversos capítulos, manchados de sangue, provocados por diferenças religiosas.
Os homens criaram diversas formas de se dirigirem
a Deus. São rituais que segundo os seus seguidores, favoreceria a sua
comunicação mais rápida com as forças universais. Porém, o que deveria ser
livre para cada um escolher o que mais lhe convém, acaba por ser um divisor de
águas.
Guerras santas têm sido uma constante até o atual
século, apenas as armas e as formas de luta é que mudam, porém as
intransigências e os preconceitos são os mesmos.
Na Idade Média, homens mataram uns aos outros tendo
como motivo, defender as suas religiões livrando o mundo, daqueles que
consideravam infiéis, ou hereges. Na Irlanda do Norte, em 1968, conflitos entre
católicos e protestantes causou dezenas de feridos. Essa luta religiosa
permanece até hoje, apenas com pequenas
diferenças nos atos de todos os lados. A rivalidade entre católicos e
protestantes na Irlanda do Norte, é um exemplo de como uma sociedade pode se
dividir em nome de Deus.
A Bíblia, é
usada como arma de contestação e violência. Religiosos, ao ler o seu conteúdo,
o fazem procurando tirar proveito daquilo que lhes interessa. Não existe
tecnologia que consiga impedir que os homens usem-na como pretexto para incitar
ao preconceito e desavenças.
Ideologias perversas desvirtuam palavras bíblicas
para que alguns pregadores possam de forma egocêntrica e sem escrúpulos tirar
proveito. Os meios de comunicação são usados como veículos de desagregação e comercialização de milagres. Estamos
vivenciando a criação de igrejas bancárias, onde quem investe mais,
financeiramente, tem mais chances de ser vitorioso.
No mundo oriental, as guerras já mataram milhares
de pessoas, e ainda irão causar muitos males. Não há como reverter à luta
religiosa nessa parte do mundo.
Onde fica a liberdade de escolha que Jesus tanto
apregoou em sua passagem pelo mundo?
Por que é preciso estar diretamente ligado a um
poder religioso para alcançar graças divinas?
Por que tenho que odiar um irmão apenas pela
diferença de culto?
Por que ridicularizar e estabelecer preconceitos
pelas formas ritualísticas que cada um utiliza para orar?
Quem pode dizer em sã consciência qual religião é
a melhor?
O que precisamos é desenvolvermos fé, sermos
caridosos e respeitosos para com os nossos semelhantes. Tirarmos de nossos
corações todo e qualquer tipo de preconceito. Sermos honestos e não querermos
ter mais do que é conseguido com o suor do nosso próprio rosto. Se houver
necessidade de frequentar um templo e participar de algum ritual, é bom
verificar o que realmente aquele grupo significará para a minha evolução como
ser humano. Se não houver pureza e fé nos corações, nada do que é dito pela
boca do homem, terá valor.
A fé é
união.
A fé verdadeira
existe independente de religião.
A fé nos
torna compreensivos e construtivos.
A fé não é preconceituosa.
A fé não faz guerras e não separa irmãos.
A fé é poderosa e está em cada um de nós
independentemente dos rituais praticados, dos hinos cantados e das palavras “faladas”.
Edison Borba
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