>Patrícia Amieiro – 14 de julho de 2008.
>Eliza Samúdio - 04 de junho de 2010.
>Amarildo – 14 de julho de 2013.
Três cidadãos brasileiros de diferentes profissões e
classes sociais. Duas mulheres e um homem
representam outros brasileiros, que desaparecem, como fumaça no céu.
Corpos que
precisam ser achados e enterrados. Famílias clamam pela dignidade de dar aos
seus queridos entes o direito de ter a dignidade da morte cidadã. Isto é, ser
tratado respeitosamente como merecem todos aqueles que nasceram e receberam
nome e registro legal e uma cidadania.
Mesmo com a morte,
esse direito tem que ser preservado. Quando visitamos algum cemitério,
encontramos nomes, datas e identidades. A cidadania de um homem ou mulher,
crianças e jovens não desaparece com o seu falecimento. Até os natimortos devem
ser identificados e tratados como seres humanos, cidadãos.
Três pessoas, cujas famílias lutam para encontrar. O
tempo passa, o sofrimento aumenta e não se consegue colocar um fim nas histórias.
Sabemos que todas essas pessoas tiveram um ou mais algozes, que guardam em
segredo o que foi feito com os corpos. Qual o motivo, que leva esses
torturadores, alguns até já condenados, a manterem tal situação. Por que manter
a tortura para com pais, mães, filhos, irmãos e todos os que amavam e continuam
amando os desaparecidos? Por que tanta monstruosidade?
Estas questões são diariamente lembradas pela sociedade.
Há um mórbido prazer no silêncio, daqueles que devem sentir-se superiores, pois
somente eles possuem a chave da questão.
Patrícia, Eliza e Amarildo onde estão seus corpos?
Enquanto vocês não forem encontrados e identificados,
suas existências continuarão como uma grande mácula em nossa justiça.
Vocês são símbolos de como o coração humano pode ser,
quando não são tocados e como a nossa
polícia e justiça ainda são precárias e ineficazes para a solução de alguns
casos. Precisamos todos, buscar a cada
dia mais e mais o caminho da “humanização” de todos os seres humanos.
Esses
casos devem ser exemplos do quanto ainda temos um longo caminho rumo à
evolução.
Edison
Borba
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