O
genoma da espécie humana possui genes que conferem a cada ser,
individualmente, a necessidade de explorar, buscar, conhecer,
mergulhar em profundezas oceânicas para satisfazer a sua
curiosidade. É, a partir desta inquietude que os cientistas
trabalham na busca infinita de conhecimentos.
Porém,
existe algo que permanece inexplicável: a essência de tudo que
existe em nosso planeta. Este, será sempre um grande mistério a ser
desvendado.
A
cada nova descoberta, invenção ou criação percebe-se que ainda há
muito o que estudar. A ciência trabalha na busca do
maior segredo que nos envolve: nossa origem!
Os
estudiosos buscam as chaves que poderão abrir o baú
misterioso da vida. Do vírus ao homem, existem dúvidas que causam a inquietude humana.
Vivemos
num planeta maravilhoso, que possui belezas e riquezas que sequer
foram desvendadas. O próprio corpo humano tem um funcionamento, que
também guarda mistérios perturbadores.
Como
a natureza consegue construir com tanta perfeição a máquina
humana. Células, tecidos, órgãos e tudo que forma o corpo
humano, trabalhando em perfeita sintonia.
Como
pensamos? Como os sentimentos são produzidos? São apenas algumas
questões que teimam em brincar com a curiosidade do homem.
Substâncias
orgânicas são cada vez mais responsabilizadas por nossas reações:
amor, ódio, alegria, tristeza e outros sentimentos são de natureza
bioquímica, que se manifestam em relação ao meio em que vivemos: a
natureza e o ambiente social.
Porém,
existe uma reação humana, que parece existir incondicionalmente em
todos, a fé. Esta condição é a responsável pela manutenção e
evolução da espécie humana.
Como
caracterizar este sentimento? Como defini-lo? É preciso estar
ligado a uma religião para que ele se manifeste? Em que fase da
nossa vida conseguimos percebê-lo? Mesmo para os que se rotulam como
ateus, esta sensação também existe.
Todos
nós humanos temos a necessidade de acreditar em algo, em alguma
coisa que nos ajude a seguir adiante, a lutar por ideais e ideias e
não perder a esperança de que vale a pena viver. Sem fé corremos o
risco de perder a essência da vida.
É
o sentimento de fé que nos estimula a não desistir das conquistas,
nos leva a buscar o novo. É pela fé que conseguimos ter “a
espera consciente”!
Algumas
vezes, agimos levados por uma falsa independência, mas
inconscientemente somos movidos pela fé em algo ou em alguém, que
faz alavancar nossas forças para a ação.
Nesta
reflexão surge uma questão complexa e inexplicável. Não há
discussões que possam resolver a existência de um ser
supremo, para o qual canalizamos as nossas forças (nossa fé), que chamamos
Deus, Jeová, Alá, Oxalá ou outra denominação qualquer.
Mas
que é esta força? Onde ela se encontra? Como fazer contato?
Os
textos sagrados, afirmam que Ele (a força) é onipresente, está em todos os
lugares. Sendo assim está em nós, isto é, dentro de nós,
compondo a nossa essência, sendo uma experiência única e pessoal para cada ser humano.
A
grande dificuldade é que, cremos mais no que é material e não
valorizamos o invisível, isto é, o espiritual, que também é real. Vivemos a cultura do acumular bens provenientes do meio e não exercitamos a busca do nosso meio interior.
A
dificuldade de estabelecermos esta relação, é que nos torna
inquietos, buscando algo que já está em nós. Está em cada célula
do nosso corpo. Está em nossas emoções e quando nos damos conta de
sua existência, a nossa vida se transforma, torna-se prazerosa,
amena, tranquila e a sensação que chamamos felicidade, passa ser
uma constante, surgindo o prazer de viver.
É
a presença desta Força em nós, que alimenta a nossa fé!
Existe
um momento em que a Ciência não consegue explicar a origem de um
determinado fato. É nesta hora que o inexplicável se explica por si
mesmo. O irreal se torna real, e o mais incrédulo tem que
admitir que algo maior que nós, agiu em nós.
Se
a humanidade, conseguisse perceber a beleza desta situação, a
inquietude humana se aplacaria e o nosso planeta se transformaria
num lugar de amor e paz.
Edison
Borba
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