Circula
pela redes sociais e internet uma cena emocionante, chocante e
apavorante, que aconteceu no Rio de Janeiro, neste fatídico mês de
março de 2015. Um menino de apenas seis anos, sendo contido por dois
policias militares. O garoto visivelmente transtornado se agita e
tenta livrar-se dos policiais, que demonstram não entender o que
está acontecendo.
A criança
tenta se soltar, gritando palavrões e chorando convulsivamente reage
à “prisão”. Em torno dele e dos soldados, uma multidão assiste
ao triste espetáculo, inerte diante de cena tão dantesca.
Um
brasileirinho, usando uniforme de escola pública, que deveria estar
numa sala de aula, ou num campinho de futebol correndo atrás de
bola, ou empinando uma pipa, sendo apenas um menino, tendo que ser
tratado como um meliante qualquer.
Cenas
semelhantes a essa acontece em várias cidades brasileiras, variando
apenas os personagens e o tipo de reação, mas o enredo segue o
mesmo roteiro na Pátria Educadora.
Provavelmente,
este menino estava respondendo às agressões impostas a ele pela
nossa sociedade. Diariamente crianças brasileiras são aviltadas,
violentadas, desrespeitadas em lares, escolas e abrigos. Lugares que
deveriam acolher, amar, abrigar e educar servem apenas para
transformar crianças em deliquentes.
Não é
novidade para os brasileiros que o nosso sistema educacional, há
anos vem dando sinais de falência, que se retrata na cena do menino
em fúria.
Naquele
momento, a nação verde amarelo, ficou diante de uma trágica e
constrangedora verdade: qual será o destino deste garoto e de outros
meninos e meninas que também estão em fúria.
Enquanto
isso, em Brasília, políticos discutem, gritam, esbravejam, dando
tapas no vento e tratando de aumentar os seus proventos.
Este
menino, talvez seja o símbolo do abandono das crianças brasileiras.
Um descaso que se arasta há séculos, passando por vários governos
e muitas promessas.
A esta
hora, o menino em fúria, já deve ter sido acalmado. De alguma
forma, ele se tranquilizou. Uma calma momentânea, que irá durar
apenas o tempo do efeito dos tranquilizantes que ele tomou. Pobre
menino, pobre!
Edison
Borba
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