Hoje
acordei com uma dúvida cruel, o que seria melhor para a minha saúde:
viver na tranquilidade da ignorância ou na inquietude do saber?
Penso nas
pessoas que habitam lugares distantes e ermos, onde as notícias e
informações sobre o mundo, não chegam ou quando aparecem o fato já
perdeu a importância. Soube que muita gente está procurando viver
nestes espaços, em busca do seu Shangri-Lá, para ter melhor
qualidade de vida.
Existem
indivíduos que conseguem construir muros à sua volta e não
permitem que ruídos externos incomodem suas vidas. Vivem mergulhados
em meditações e o que se passa “fora” deles não os interessa.
Há
também uma categoria de gente que se ocupa em acompanhar o sobe e
desce do seu time na tabela do campeonato, saber como foi o final da
novela, aprender a letra da última música da Vanessa Popozuda, dar
boas risadas com piadas antigas e deixar o mundo girar do jeito que
ele quiser. Para estas pessoas, as emissoras de rádio e televisão,
possuem um extenso cardápio.
Porém,
eu vivo num oceano de dúvidas! Acordo pela madrugada com pesadelos
em que o dólar explodiu a Bolsas de Valores. Mas eu não tenho
nenhum valor guardado em banco e nem títulos na Bolsa, por que
entrar em pânico? Outras vezes sou despertado com a sensação que
meus bens serão confiscados! Que bens? Os últimos centavos que eu
um dia consegui guardar, foi levado pela senhora Zélia. Aliás,
semana passada tive um pesadelo, que ela chegava ao Brasil, montada n
uma vassoura e gargalhava assustadoramente. Acordei banhado em suor.
Meu
cardiologista já não sabe mais o que fazer com meu coração. Vivo
com a pressão numa gangorra, subindo e descendo a cada notícia ou
boato que se espalha pelo País.
Nesta
confusão cardiológica, eu penso que teria sido bem melhor para a
minha saúde, se meus pais tivessem mantido a minha ignorância
biológica. Hoje eu estaria feliz, vvendo um domingo de paz e
alegria. Com certeza não estaria aqui escrevendo e sofrendo com as
dúvidas de como será a segunda-feira deste meu País?
Edison
Borba
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