Lembrando:
31 dias de janeiro, 28 de fevereiro e os 20 do mês de março, temos
apenas 78 dias, portanto, uma excelente média em se tratando de
tragédia!
Mulheres,
homens, crianças, policiais e trabalhadores, as balas perdidas não
fazem distinção, elas são democráticas, atingem pessoas de
qualquer idade, crença, sexo, cor e profissão. Infelizmente não
encontramos ainda nesta relação, para que haja realmente um
processo democrático de direito, bala perdida atingindo traficante e
político.
Estas
duas categorias ainda não foram listadas na relação bala perdida x
sociedade. Acredito, que os indivíduos pertencentes a estes dois
grupos, possuem uma barreira maléfica, uma espécie de aura
infernal, que os protege, permitindo que continuem a viver para
atormentar a sociedade, mas sem dúvida haverá uma cota a ser
cobrada no além.
Fazendo
um adendo: quando referimo-nos à categoria dos políticos, sabemos
que entre eles, existem alguns (uma minoria) que pertence ao lado do
bem (há quem afirme que estes são protegidos por anjos), porém os
outros são em maior número e conseguem manter acesa a fogueira do
inferno no senado e na câmara dos deputados.
Atenção:
esta observação é válida para estados e municípios, onde existe
também grandes caldeirões com água fervendo e cozinhando aos
poucos a alma de alguns governadores, deputados, prefeitos e
vereadores.
Enquanto
o problema da violência no Rio de Janeiro, não é resolvido, surgiu
uma ideia (brilhante) de se colocar bandeiras coloridas avisando a
categoria de periculosidade de uma comunidade, exemplo: bandeira
vermelha = o bicho tá pegando; bandeira amarela = o bicho tá
chegando e bandeira verde = o bicho ainda não chegou.
Esta
sugestão nos faz lembrar do carnaval de 1960, quando Araci Costa,
uma cantora popular fez sucesso cantando: “Favela Amarela”,
música inspirada numa sugestão política de se pintar todos os
barracos das favelas do Rio de Janeiro de amarelo.
“Favela amarela / Ironia da vida / Pintem a favela / Façam aquarela / Da miséria colorida / Vamos ter um melhoramento / A dor como tema de ornamento / Procure compreender seu doutor / A felicidade não tem cor”.
O tempo passa, o mundo gira e as loucuras dos governantes parece não ter fim! Enquanto isso, é bom incluir na lista de compras coletes à prova de bala!
Edison Borba
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