Neste
Domingo de Ramos em que se inicia a Semana Santa, período de
reflexões sobre a vida na Terra. Tempo de recordar o martírio de
Jesus, repensarmos esta história, onde a grande questão está na
atitude do Homem que se deixou crucificar pelo bem de toda a
humanidade.
Porém,
ao analisarmos a nossa história, infelizmente percebemos que em
alguns aspectos todo o sacrifício deste Homem, foi em vão.
Estamos
chegando ao final do mês de março, com algumas horríveis notícias
envolvendo a educação e seus agentes. Fatos que aconteceram em
vários estados brasileiros, deixando evidente que o problema é
nacional.
Uma
Diretora escolar foi ameaçada por mãe de aluno, que armada com uma
faca tentou matá-la.
Em
outro ponto do País, um Professor de Matemática foi apredejado na
rua, por alunos descontentes com o profissional, que cobra disciplina
em sala de aula.
Em
outra localidade desta Pátria Educadora, mãe de aluno, humilha e
espanca uma professora, dentro de sua sala de aula, diante de seus
alunos. Motivo: a educadora cumpriu uma regra da escola, relacionada
com horário.
Aqui
no Rio de Janeiro, há colégios que só começarão o ano letivo
nesta semana que se inicia, isto é, com mais de um mês de atraso,
enquanto outras tiveram as aulas suspensas pela guerra entre
traficantes. E a greve já se instalou em São Paulo e ameaça se
espalhar para outros estados.
Centenas
de escolas pelo Território Nacional, estão em péssimas condições
de preservação, frequentá-las é ser martirizado. Crianças e
jovens que residem distante de suas escolas, também são
sacrificados nas estradas, conduzidos por veículos que colocam em
risco suas vidas. Carência de pessoal de apoio, limpeza e merenda
escolar, quando existe é ruim e deficiente.
Como
centelhas milagrosas, neste caos, surgem fatos, envolvendo
professores que conseguem lutar e fazer do ensino público algo a
ser louvado. Alunos que conseguem medalhas em Torneios de Matemática
e alguns que são aprovados em vestibulares por mérito, por nota,
sem necessitar do uso de cotas.
Um
destaque para um educador, que no serão do Piauí, mantém crianças
e jovens ocupados com música. Quando entrevistado este herói falou:
sou brasileiro e faço isso porque amo a minha Pátria.
Estes
fatos são centelhas de luz, que provam que o ensino público é
viável.
Nossa
Presidente, nomeou um educador para dirigir e tentar por fim no
martírio da educação brasileira. Um homem letrado em ética, que
provavelmente rico em teorias e exemplos dos mais variados
pensadores e educadores da humanidade.
Quis
o Senhor que esta nomeação acontecesse durante a Santa Semana.
Que
ele esteja usando um escudo que o defenda das ofertas financeiras que
ele vai receber, para fazer negócios escusos e, esquecer os
famintos por leitura e como fez Pilatos lavar as mãos e deixar que o
sangue dos estudantes e educadores brasileiros continue a manchar as
salas de aula deste País.
Amém!
Edison
Borba
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