Desde
os mais remotos tempos, homens e mulheres se apaixonam, formando casais que
imortalizaram o amor.
Amores
complicados, impossíveis, previsíveis, complexos e inusitados são apenas
algumas formas de manifestação dessa reação humana.
Declarações e
juras amorosas são famosas, entre famosos ou não famosos. Pensando bem, muitos
famosos ficaram famosos, em função das juras de manterem a relação, pela
eternidade. E mais famosos ficaram pela pouca durabilidade dessa tal eternidade.
Atualmente
muitos buscam a fama, através de seus romances, banalizando as juras de amor,
tão sérias e significativas como as que aconteceram entre Armando Duval e
Margarida Gauthier, em a Dama das Camélias.
A beira da
morte, a linda Margarida, ainda consegue forças para dizer: “Eu estou morrendo,
mas estou feliz também e minha felicidade esconde minha morte”.
Esse tipo de amor
está cada vez mais fora de moda. Vivemos no século dos amores
efêmeros, rápidos e fáceis de deletar. Porém, no inconsciente humano ainda existe
resquícios dessa vontade do amor eterno, pelo menos eterno enquanto dure.
Os
amores e desamores, sejam eles entre cabeças coroadas ou simplesmente entre
pobres mortais, ainda vendem jornais e revistas
sendo motivo para muitas obras literárias se tornarem campeãs de venda
no mundo das editoras.
Romeu
e Julieta são exemplos de amor ingênuo, quase infantil. Proibidos pelas famílias, transformaram em
tragédia o que poderia ter sido um final feliz.
Bonnie
e Clyde bons representantes de amor explosivo.
Juntos assaltaram bancos, transformando
a relação numa bomba altamente perigosa.
Red
Butlher e Scarlet O’Hara brincaram de amar numa gangorra afetiva, num vai e vem
às vezes cômico, principalmente quando a Scarlet adiava para mais tarde suas
decisões amorosas. Pobre do Senhor Butlher, que aturou com paciência o fantasma
de Ashley Wilkes, durante toda a história que o vento não levou.
Sansão
e Dalila representam a traição e o arrependimento. Um bom exemplo de que o amor
é cego, em todos os sentidos.
E
assim, entre tapas e beijos, traições e ciúmes, flores e chocolates amores se
revelam, se constroem e se destroem.
Otelos,
Cleópatras e Helenas e outros
personagens povoam diariamente nossas mentes sempre ávidas por um romance,
proibido ou não.
Entre
tantos casais apaixonados não podemos esquecer o amor que envolve Dona Florinda
e o Professor Girafales. Ela sempre lhe oferecendo café e ele retribuindo com flores.
Um casal encantador, que atravessou o tempo sobrevivendo até os dias de hoje
nas historinhas do Chaves. Os rolinhos
no cabelo da heroína, a fazem encantadora aos olhos de seu amado, que de
chapéu, charuto e elegantemente vestido num terno cinza, faz a corte a sua
amada.
Um
singelo caso de amor que se estica por décadas no pátio da vila onde também acontece
um quase romance entre o Senhor Madruga e a sua eterna admiradora Dona
Clotilde, a bruxa, do setenta e dois.
O
amor é sempre lindo, e todas as suas formas valem a pena, como admite o poeta. Se
a humanidade realmente soubesse conjugar esse verbo, a vida seria mais fácil e mais bonita.
Vida
longa aos amantes e aos amores!
Edison Borba
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