Nesta
primeira semana do mês de dezembro de dois mil e doze, uma comissão de direitos
humanos, visitou comunidades devastadas pelas enchentes em janeiro de dois e
onze, nas cidades serranas do Rio de
Janeiro, e constataram que nada foi feito para melhorar as condições da vida
dos moradores dos locais atingidos.
Incrível
conclusão!
Constatação
é fantástica!
Acreditamos
que os relatórios conterão observações extraordinárias!
Na
ocasião da tragédia, além das perdas materiais, muitas vidas foram
interrompidas. Diversos habitantes desapareceram sob toneladas de lixo e barro. Até hoje existem
controvérsias sobre o número de mortos.
A
população brasileira, comovida com a situação, enviou uma grande quantidade de
donativos. O governo federal, também se mobilizou enviando verbas para a
recuperação das cidades atingidas. Um grande exército humano tentou atenuar o
sofrimento das pessoas atingidas pela catástrofe.
À
medida que o tempo avançava e outras notícias ocupavam as manchetes, essa
catástrofe foi sendo esquecida. Porém, após alguns meses no ostracismo, a
situação dos habitantes serranos, voltava à mídia, que denunciava desvio de
verbas, prefeitos corruptos, donativos desviados e até abandonados no lixo.
Novamente
o povo ficou comovido com a tragédia de Petrópolis, Teresópolis e Friburgo além
de outras localidades. Passada a indignação popular, tudo se tornou passado. Ninguém lembra o nome
dos políticos corruptos, das empresas safadas e da tristeza que ainda habita os
corações daqueles que perderam bens materiais, familiares e amigos.
Foi
necessário que uma comissão de direitos humanos, após uma longa espera após a
tragédia, visitasse a região para constatar o óbvio: nada foi feito!
É
incrível! É extraordinário! É fantástico!
Incrível
será se essa constatação se transformar em ação.
Extraordinário
será se a população atingida pela catástrofe receber a ajuda necessária.
Porém,
será fantástico se os ladrões que desviaram as verbas, os donativos roubando a dignidade dos cidadãos serranos acabarem
condenados em regime fechado sem direito a redução de pena.
Lugar
de criminoso é na cadeia!
A
população aguarda que essa constatação do óbvio, feita pela COMISSÃO DE
DIREITOS HUMANOS, não fique apenas na visita e não seja mais uma MANCHETE que
logo será substituída por outra tragédia.
Edison
Borba
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