Às vezes temos arroubos de sair da cidade grande e irmos
buscar a paz numa cidade do interior. Pensamos que numa cidadezinha pequena e
pacata, ficaremos livres da barulheira, da fumaça, dos conflitos sociais e
poderemos viver em paz.
Em parte esta afirmação pode ser verdadeira, pelo menos no
que se refere às buzinas, à fumaça, ao barulho dos motores de carros, as
sirenes das ambulâncias e dos bombeiros e outros quesitos concretos que fazem
das metrópoles um caldeirão infernal. Porém, se o que se busca é a paz
interior, a nossa paz, aquela que apascenta o nosso coração? Ledo engano!
Neste caso, nem no mais alto pico do Himalaia nós a
encontraremos. Ela está dentro de nós e não no nosso exterior. Jesus se
mantinha em paz, mesmo quando estava rodeado por multidões. Gandhi também
portava a sua paz, quando tinha que falar ao seu povo. O que eles faziam, vez
por outra era um afastamento para reflexão e meditação, para que essa paz fosse
renovada.
Enquanto nosso coração estiver pulsando agressivamente em nosso
peito, enquanto a nossa mente não desacelerar, enquanto estivermos na busca
pelo ter; e ter cada vez mais, não adianta tentar achar a paz no lugar mais
paradisíaco do mundo. No máximo vamos encontrar o tédio, a insatisfação e a vontade voltar para a roda
viva, vai bater forte.
Nós temos que buscar a paz em nosso coração! A nossa paz está
em nós, precisamos achar maneiras de fazê-la brotar e se mostrar em nossas
atitudes. Desacelerar. Pensar mais antes de agir. Tentar ter domínio sobre
nossos atos. Diminuir os deslumbramentos. Tentar ser, ser humano, diminuindo a
“fome” do ter.
Esses são alguns caminhos que poderão levar-nos ao encontro
da nossa paz.
Quem se arrisca a tentar segui-los?
Boa sorte na caminhada!
Edison Borba
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