O atendimento do sistema público de saúde no Brasil, está a um passo de ser classificado como genocídio. Lembrando o significado da palavra, trata-se de assassinato deliberado de pessoas por diferenças sociais entre outras. Pesquisadores acreditam que o objetivo final do genocídio seja o extermínio de seres humanos, considerados “diferentes” dentro da sociedade em que eles estão inseridos.
Os brasileiros
pertencentes às castas mais altas, saem do País e buscam socorro em outros
países. Há também os que sustentam altos planos de saúde, e portanto, recebem
tratamento especial e especializado da mais alta tecnologia.
Há também, uma classe
média, que busca em planos de saúde particulares, mas não tão “eficientes” como
os da classe dominante, que apesar das agruras, consegue se livrar do inferno
hospitalar público.
Diariamente os
noticiários apresentam cenas degradantes, algumas se assemelham aos quadros de
guerra. Nos primeiros dias de janeiro, em apenas uma maternidade do Rio de
Janeiro, quase dez bebês morreram durante o parto. Gestantes jogadas em
corredores, sofrendo de uma forma tal, que podemos classificar como tortura.
As filas de doentes
esperando por um atendimento, exames importantes para que haja o tratamento
adequado sendo marcados com meses de espera. Os profissionais da saúde,
médicos, enfermeiros, auxiliares não conseguindo tratar os doentes por falta de
remédios e material de trabalho e a falta de higiene colocando em risco toda a
população que usa os hospitais públicos do País.
Genocídio? Nossos
parlamentares quando adoecem recebem atendimentos de altíssimo nível, situação totalmente
oposta ao do trabalhador. Será genocídio?
A quantidade de pessoas
que morrem em nossos hospitais, por falta de cuidados médicos, em todo o Brasil
é quase um quadro de guerra. Será genocídio.
As verbas destinadas à
saúde desaparecem, são desviadas, somem, são roubadas pela corrupção. Os
conhecidos ladrões, continuam a exercer altos cargos e a receber grandes
salários. A morte não lhes causa nenhum sentimento. São carrascos, criminosos,
que em uma guerra teriam que responder a um tribunal. Será genocídio?
Se formos pensar
matematicamente, os números poderão nos dar um indicativo, de que a quantidade
de mortos em apenas um mês em todo o País, por falta de atendimento médico
hospitalar, pode ser maior do que as vítimas do atentado terrorista em Paris. Será
genocídio?
Fica a pergunta, fica a
dúvida, fica a perplexidade, fica o sofrimento!
Será genocídio?
Edison Borba
Nenhum comentário:
Postar um comentário