As malas são objetos que exercem
fascínio sobre os assassinos. Diversos crimes foram cometidos e os restos
mortais das vítimas, colocados dentro delas,
possivelmente, numa visão Freudiana: malas significam viagem, o que estabelece uma
relação com a morte. Na cabeça de um assassino, deve florescer a seguinte
sequência: matar, embalar e viajar.
Em 1908, Michel Trad assassinou seu
sócio, chamado Elias Farah e ocultou o cadáver em uma mala. A motivação do
crime nunca foi completamente resolvida, porém surgiu a suspeita de traição. A
mulher de Michel teria tido um caso com Elias, o que teria motivado o crime.

Nestes dois crimes, os assassinos
tentaram despachar as malas contendo os restos mortais de suas vítimas, o que
correlaciona a questão da mala com viagem.

Em novembro de 2013, o corpo de uma
mulher grávida de gêmeos, foi encontrado na Zona Norte de São Paulo, dentro de
uma mala. A polícia descobriu tratar-se de Valdineia Preszaniuk, de 21 anos. A
mala com o seu corpo foi achada em Itupeva,
São Paulo.
Em abril de 2014, mais uma vez, a mala
foi usada para esconder o corpo de uma vítima de assassinato. Hellen Catarina
Rodrigues Pereira de 28 anos foi estrangulada com um fio elétrico e seu corpo
colocado dentro de uma mala, encontrada em Cidade Tiradentes.
Junho de 2014, mais uma vez, a mala
volta às manchetes policiais, desta vez por abrigar o corpo de Jezi Lopes de
Souza, 63 anos, zelador de um prédio na Zona Norte de São Paulo. São apontados
como assassinos um casal, que já teria cometido outros crimes, mas usaram
nenhuma “mala”.
As malas, e os crimes levaram ao
mestre do suspense, Alfred Hitchcock, usá-las para que o assassino do filme “Janela
Indiscreta”, pudesse espalhar os pedaços do corpo de sua mulher, pela cidade.
Porém, um curioso fotógrafo vivido por James Stuart, descobriu o crime, e
ainda salvou a bela Grace Kelly, das mãos do terrível malvado.
Todas as vezes que estou num aeroporto
ou numa rodoviária, vendo malas ir e vir, imagino se dentro de alguma, não estará um
corpo, sendo enviado para viajar por algum assassino psicopata.
Edison Borba
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