Quando o juiz apita dando início à
partida e a bola começa a rolar no meio do campo, percebemos o quanto é
importante que jogos internacionais sejam realizados. A essência dos esportes
está na relação de igualdade que deveria existir quando se pratica esporte pelo
esporte. Importante é a competição, os cumprimentos das regras, a luta por uma
vitória justa e que se conseguida, seja dentro das regras estabelecidas.
Quando a bola rola, os homens são
rivais apenas durante o tempo que durar uma partida. Após o apito final,
deveriam ser irmãos unidos pela paz. Diferentes apenas pelas bandeiras, hinos e
cores de suas camisas, mas absolutamente humanos.
Infelizmente, a humanidade não cumpre
as regras de sobrevivência e respeito da mesma forma que obedecem durante os
quarenta e cinco minutos de um jogo. Violência, guerra, terrorismo e atitudes
insanas tornam os seres humanos eternos competidores.
A realização dos jogos da Copa do
Mundo de Futebol no Brasil trouxe à tona uma série de problemas sociais em que
o país vive mergulhado. Não foram os jogos, não foram os jogadores, não foram
às seleções que nos causaram problemas. A situação complicada em que o Brasil
está imerso, é a prova irrefutável de que as regras fora do campo não são
cumpridas. Não há juízes e nem apitos, para ser obedecidos; no jogo pelo poder,
vale roubar, desvirtuar, desviar e não existem equipes, cada um joga pensando
em si próprio.
Quando a bola rola, pode-se comparar o
que ocorre dentro e fora do campo. As faltas cometidas pelos que estão do lado
de fora, merecem cartão vermelho, da cor do sangue dos inocentes que sofrem
pelas suas mãos. Infelizmente, a Copa, fez vir à tona uma enorme quantidade de
problemas que são inerentes à sociedade brasileira. Apesar da alegria, das
cores e da aparente felicidade que tomou conta do país, sabemos que ao se ouvir
o apito final, haverá uma conta gigantesca a ser paga com o suor do povão.
Até lá só nos resta torcer!
Edison Borba
Nenhum comentário:
Postar um comentário