O
Brasil amanheceu diante de uma situação inusitada, em todas as regiões do país,
crianças e jovens, estudantes da rede pública de ensino, resolveram cruzar os
braços, fechar os cadernos e livros, em protesto contra a situação educacional
do país. Até nas creches, os bebês estão promovendo a “choradeira legal”, um momento em que todos choram ao mesmo
tempo, protestando contra a falta de vagas, para outros bebês.
Correspondentes
espalhados em todo o Brasil, afirmam que o barulho da choradeira é ensurdecedor
e dizem que os bebês já pretendem organizar outra manifestação, que será
batizada como “vamos sujar as fraldas”. As professoras crecheiras estão
apavoradas com o que poderá acontecer, se esta ameaça vier a acontecer.
A
imprensa do mundial volta seus olhos para o ineditismo da situação: pela primeira
vez no mundo, são os alunos que exigem respeito e clamam por melhorias educacionais.
A
cada momento, numa cidade os brasileirinhos promovem ações, como:
>um
milhão de redações para o Planalto. O líder desta ação, um menino de sete anos
do ensino fundamental, convoca a todos os colegas a escreverem redações,
contando as dificuldades que encontram para estudar e, enviá-las para o Planalto da Alvorada, alerta para não
esquecer de colocar o nome completo, o nome da escola e o endereço, para que
fique comprovado a veracidade da carta.
>um
grupo matriculado no ensino médio, convoca a todos para a leitura nas praças. Numa
determinada hora do dia, em todos os estados brasileiros, as praças deverão ser
ocupadas, por estudantes e seus livros. Em atitude séria e educada, todos
deverão promover um “estudaço”. Os jornalistas esperam por esse momento único, quando
milhares de jovens, lendo pacificamente, demonstrarão do quanto querem respeito.
Os
políticos, gestores escolares e até mesmo os professores, estão diante do
ineditismo histórico desta situação. Crianças e jovens querem vez e voz para
exigir respeito aos seus direitos.
Há
informações sobre os alunos do ensino técnico, que organizaram planilhas sobre
os custos com a educação no Brasil. Analisaram os percentuais e estão para
divulgar informações estarrecedoras, que serão espalhadas pelas redes de
comunicação.
Até
os alunos do EJA (Educação de Jovens e Adultos), resolveram aderir ao movimento
apoiando as classes mais jovens. Mesmo cansados pela jornada de trabalho e
estudos, não querem ficar de fora desta ação, inédita em todo o mundo.
Até
o fechamento desta edição especial do “Reflexões
Educacionais”, as informações que chegavam é que o movimento já atingiu escolas
da rede rural, localizadas nos municípios mais distantes das capitais e que estudantes indígenas também aderiram ao
movimento.
Impressionante
é a organização; tudo acontecendo tranquilamente, sem problemas. Diversas oficinas
estão sendo realizadas nas praças e ruas, estudantes jovens ajudam os mais
novos, promovendo aulas, gincanas, palestras e várias ações educacionais.
A
imprensa tentou encontrar um líder, alguém que estivesse à frente deste
movimento que atinge o Brasil de norte a sul, e ficaram impressionados, ao
constatarem que não há lideres e sim insatisfações coletivas, e também uma
enorme vontade de estudar, aprender para ajudar o país a crescer. Eles sabem
que país forte é país educado!
Os
alunos brasileiros querem ser tratados com respeito e dignidade. Estão dizendo não
aos discursos enganadores, onde eles, os estudantes, são usados
indiscriminadamente durante as campanhas eleitorais e depois esquecidos à sua
própria sorte.
Estamos
diante de um exemplo de consciência coletiva. Não basta ser aprovado, não basta
receber um diploma, não basta ter o nome numa lista de chamada, é preciso mais
do que isso, é preciso aprender, e para que isto aconteça o país precisa agir imediatamente
promovendo uma grande melhoria na qualidade da sua educação.
É
hora do consumidor, o estudante, reclamar dos fornecedores: os governos
municipais, estaduais e o federal!
Os
brasileirinhos querem educação nota dez, em obediência ao que foi exigido pela
FIFA, para os atletas do futebol.
Pedem
respeito, dignidade e ética para que o processo de ensino e da aprendizagem
seja realmente digno de um país que se ufana de ser uma grande economia
mundial.
Vejam a seguir algumas fotos de escolas, que ainda funcionam
no país
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirExcelente texto.
ResponderExcluirSempre acredito nessa como sendo a melhor manifestação em prol da educação. A educação por si mesma. Não podemos exigir educação com desrespeito, baixaria, insultos.
Acredito que deva existir uma movimentação que favoreça à luta por melhores condições de trabalho, estudo, salário e também, que viabilize situações de conscientização à população.
É necessário que essas pessoas que se veem atingidas indiretamente pelos agravos no cenário educacional- o que é um equívoco- tenham conhecimento de sua força, seus direitos e que podem exigir o que lhe é devido sem recorrer à violência para tal.
Obrigado pelo comentário!
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