O mês de dezembro, o décimo
segundo do ano, tem um significado nas nossas vidas, diferente dos outros onze.
Ele marca o fechamento de um ciclo, o final de um ano, o término de um período.
É o tempo de fazer um balanço da
vida, analisar o que foi bom e o que não funcionou. Por ser o mês do Natal, é
também em dezembro, que muito se fala em amizade e amigos.
Por curiosidade procurei a origem
da palavra amizade, nos dicionários e encontrei o seguinte: ela se origina do
latim “amicitia”, que por sua vez deve ter sua origem na palavra “amicus”, que
significa amigo. Alguns etimologistas acreditam que sua raiz provavelmente está no verbo latino amare, amor.
Portanto, o mês de dezembro tem
tudo a ver com a palavra amizade, este sentimento
fiel de afeição, estima ou ternura entre pessoas que geralmente não são ligadas
por laços de família ou por atração sexual.
Quem
se liga a outro por esses laços, é chamado de amigo, que o poeta aconselha seja
guardado do lado esquerdo do peito dentro do coração e debaixo de sete chaves.
Amigo
é mais que irmão! Apesar de existir irmão que é amigo.
Amigo
é aquele com quem podemos contar em bons tempos ou em tempos ruins. Racha um
pastel, deixando a azeitona do nosso lado. Atura nossas manias e chatices, sem
nos cobrar mudanças, e nos tira de encrencas. Está por perto nos momentos de
riso e nas horas de dor e sofrimento. Chega silencioso e nos ouve com paciência
quando estamos apaixonados, e queremos dividir a felicidade, repleta de historinhas, cuja graça
só existe para nós.
É
capaz de aturar calmamente nossos lamentos quando o desamor bate à nossa
porta, sabendo que em breve teremos mais uma recaída, assim que passar a mágoa
da paixão perdida. Com ele conseguimos ficar em silêncio, ouvir música, ver
televisão, jogar dominó, rir pelo prazer de rir, não importando o motivo.
Segura a nossa mão quando estamos com medo. Nos entende apenas com o olhar. Tem
o abraço mais aconchegante do mundo. É capaz de conseguir aquele xarope quando
estamos com tosse. Aconselhar um chá para a nossa dor de cabeça. Tem a chave da
nossa porta e da nossa vida.
É
capaz de ouvir pacientemente, lamentações telefônicas até altas horas. Caminhar
num shopping às vésperas do Natal, para satisfazer nossos caprichos. Sabe
indicar o melhor carpinteiro, pintor, bombeiro, médico, dentista além de outros
profissionais, porque somente um grande amigo possui um caderninho repleto de
endereços que inclui até aquela cartomante vidente que traz a pessoa amada em
três dias.
Para
ele não devolvemos os livros emprestados, nem os CD’s e muito menos os DV’s, só
para ficarmos com um pouquinho dele em nossa casa. É prazeroso sabermos
que aquele objeto é do nosso amigo que, mesmo distante, aquece o nosso coração.
Somente um verdadeiro amigo é capaz de vibrar com nossas vitórias e sofrer com
nossas perdas. É alguém que entrelaça a sua vida na nossa vida, anos e anos e
quando damos conta, percebemos, que sem ele jamais teríamos conseguido resolver
metade dos nossos problemas.
Amigos
são para sempre. Somente a amizade se eterniza, seguindo com a alma,
sobrevivendo à morte para além da vida.
Neste final de mais um ano, quero agradecer a todos os meus
amigos, pela paciência e carinho. Sem vocês eu estaria completamente perdido!
Edison Borba
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