No dia 8 de dezembro de 2011, publiquei neste blog, o texto “Será que
Platão tinha razão?”. Passados quatro anos, e o seu conteúdo continua atual.
Resolvi publicá-lo novamente, para que possamos continuar refletindo sobre o
tema.
“Não
deverão gerar filhos quem não quer dar-se ao trabalho de criá-los e educá-los”. Pensamento
atribuído a Platão.
Essa
observação nos permite uma séria reflexão sobre a importância da família no
processo de formação de cidadãos capazes de respeitar valores de grande
importância para a sobrevivência, não só da espécie humana, mas de toda a
natureza. Existe um “ditado” popular que diz: “faça o que eu falo, mas não faça
o que faço”. Uma forma simplória de não termos responsabilidade sobre pequenos
atos, aparentemente sem importância. Jogar lixo em lugares inadequados, não
lavar as mãos após usar o banheiro, não agradecer a quem lhe presta um serviço
ou cumprimentar educadamente pessoas, independentemente de sua condição social.
São atitudes que se aprende vendo acontecer no dia-a-dia familiar.
Como
levar os filhos a uma alimentação saudável, se na casa se privilegia o oposto?
Essa e outras situações são aprendidas no ambiente familiar. Lamentavelmente,
não há como negar esse fato.
Outra
questão que vale uma reflexão envolve a confusão que existe entre amor e protecionismo.
Pequenos delitos perdoados, em nome do “amor”, transformam-se em crimes; entre
eles os preconceitos: raciais, sexuais e sociais.
Jovens
que desacatam a lei e a ordem, exibindo os nomes de seus pais. Nesse item,
dirigir o carro do “papai” em alta velocidade, tendo ingerido bebida alcoólica
é um dos mais comuns. É vergonhoso vermos pais e mães, justificando assassinatos
de seus pupilos, como sendo uma simples atitude infantil. Queimar índios,
atacar e humilhar pessoas, depredar o patrimônio alheio ou público, invadir
privacidades através da internet e falsificar anotações escolares, recebem o
perdão familiar, que encara essas atitudes como sendo comuns na infância e
juventude.
Passar
valores como solidariedade, ética, respeito, fraternidade, justiça depende das
famílias. A educação informal e diária é feita fora da escola, nas casas, nos
lares. Cabe às Unidades de Ensino e aos profissionais da educação, reforçar
essas questões, complementando-as através de informações teóricas e
práticas usando seus conteúdos programáticos.
O
processo educativo encontra barreiras quase intransponíveis, quando tenta
passar aos alunos exemplos cuja vivência familiar é o oposto da moral e da
ética estabelecidas como um padrão mundial.
É
assustador vermos nossos políticos passar para seus filhos e até netos, “podres”
exemplos. Infelizmente a nossa democracia ainda levará muitos anos para se
livrar dos maus hábitos que, passam de geração para geração. Algumas famílias de
político são terríveis exemplos para o povo.
Das
classes trabalhadoras até as mais “nobres” e financeiramente bem “abastecidas”
os delitos se repetem. Famílias precisam ter padrões morais e éticos que
independem da classe social na qual estão inseridas. Delitos, roubos, crimes,
desrespeitos e abusos tomam proporções assustadoras quando cometidos com a
aquiescência do grupo familiar.
Nosso
planeta corre um sério risco, enquanto se gerar filhos sem a verdadeira noção
do que seja respeito. Depende de todos nós mudarmos o caminho dessa história!
Será
que Platão tinha razão?
Edison Borba
Concordo plenamente com o pensamento de Platão.
ResponderExcluirCreio que é no lar que são passados os ensinamentos éticos e morais que nortearão o futuro dos indivíduos.
Cabe à escola passar os ensinamentos acadêmicos.
Eunice (CAM )