Queridos amigos! Em especial
para minha amiga de infância, Adélia!
Acordei,
liguei a televisão para assistir ao jornal da manhã. Assustei-me, pensando que
o hoje era o ontem! As notícias sobre a guerra na nossa cidade, se repetiam mais
uma vez. Policiais mortos, homens fuzilados, pessoas assaltadas e outros casos
que me neguei a ver e ouvir. Rapidamente desliguei o televisor e optei pela
música.
Precisei de alguns minutos para
me recompor antes de sair para o trabalho!
Bateu saudade mesmo! Saudade,
sem saudosismo. Nada de ficar falando: “no meu tempo”. O meu tempo é hoje!
Lembrei dos lençóis
branquinhos, estendidos nos varais dos quintais das casas do bairro de Inhaúma,
onde nasci e fui criado. Ouvi, nitidamente os
vizinhos dizendo: Bom dia! Tudo bem?
Numa natural cortesia.
Senti o cheiro do café e da manteiga derretendo no pão quentinho, comprado na padaria da esquina.
Revi em meus pensamentos as pipas coloridas e suas rabiolas dançando no céu Lembrei dos cães soltos no quintal! De um quadro com a bandeira do Brasil, que ficava na sala da minha casa, do qual meu pai se orgulhava muito.
Senti o cheiro do café e da manteiga derretendo no pão quentinho, comprado na padaria da esquina.
Revi em meus pensamentos as pipas coloridas e suas rabiolas dançando no céu Lembrei dos cães soltos no quintal! De um quadro com a bandeira do Brasil, que ficava na sala da minha casa, do qual meu pai se orgulhava muito.
Saudade de ouvir dos meus pais: “Filho, Deus te abençoe!”
Da voz da minha mãe cantando Dalva de Oliveira.
De ir a pé para a escola, sem medo de nada, de mãos dadas com Adélia, filha de Dona Dora, amiga de minha mãe Josefa.
Na blusa branca dos nossos uniformes haviam duas letrinhas EP (Escola Pública) bordadas em azul. Estudávamos na Escola Municipal Barão de Macaúbas.
Da voz da minha mãe cantando Dalva de Oliveira.
De ir a pé para a escola, sem medo de nada, de mãos dadas com Adélia, filha de Dona Dora, amiga de minha mãe Josefa.
Na blusa branca dos nossos uniformes haviam duas letrinhas EP (Escola Pública) bordadas em azul. Estudávamos na Escola Municipal Barão de Macaúbas.
Quanto orgulho! Éramos
estudantes da rede pública de ensino!
Lembrei das professoras, bem
vestidas, sempre sorridentes, em frente às turmas cantando o Hino Nacional.
Lembrei do jornaleiro, do quitandeiro e do baleiro: que eram amigos das crianças
e não um perigosos vendedores de drogas.
Ah! Lembrei da pipoca. Que delícia! Quentinha vendida na porta dos cinemas
e dos circos. Sem esquecer do algodão doce, que colava nas nossas bochechas.
Que loucura!!! Perdemos tudo isso! Perdemos qualidade de vida!
Tenho pena das nossas crianças e jovens que não podem se deliciar com simples coisas,
as coisas simples e maravilhosas que a vida nos oferecia.
Lembrei do jornaleiro, do quitandeiro e do baleiro: que eram amigos das crianças
e não um perigosos vendedores de drogas.
Ah! Lembrei da pipoca. Que delícia! Quentinha vendida na porta dos cinemas
e dos circos. Sem esquecer do algodão doce, que colava nas nossas bochechas.
Que loucura!!! Perdemos tudo isso! Perdemos qualidade de vida!
Tenho pena das nossas crianças e jovens que não podem se deliciar com simples coisas,
as coisas simples e maravilhosas que a vida nos oferecia.
Hoje, temos tantos recursos
técnicos e tecnológicas, mas perdemos a paz, a doce paz das cadeiras nas
calçadas, dos papos espichados, sem hora de acabar e nem medo de começar.
Sem saudosismo, mas com uma
terna saudade eu abraço meus amigos, e Adélia, em especial. Edison
Rio de Janeiro, 3 de dezembro de 2015.
Nenhum comentário:
Postar um comentário