Existem lugares que são
conhecidos como ninhos de cobras fazendo fofocas. Salões de cabeleireiro,
bancadas de manicure, cozinhas, áreas de serviço, entre outros ambientes.
Talvez, o sentimento de liberdade, que esses locais sugerem, façam com que seus
frequentadores, sintam-se libertos de alguns freios e deixem a língua mais
solta.
Há anos, que a política
brasileira tem sido feita desta forma. Boatos, disse-que-me-disse,
maledicências e fofocas, muitas fofocas. O senado, as câmaras e o palácio da
Alvorada, estão mais para mesa de botequim, do que para espaços sérios.
Desde que a Senhora Dilma,
assumiu o seu segundo mandato, o Brasil parou para fofocar. Se não tínhamos
caminhado muito nos seus primeiros quatro anos, agora a situação desandou mesmo.
Nunca se viu tantos boatos e fofocas no reino da fantasia. Os jornais, as
revistas, os telejornais, os comentaristas publicam fatos, que estão mais para
os reality shows, que para questões
importantes para o desenvolvimento do País. Temos a sensação que o povo segue
como Deus quer. Semelhante aos Hebreus no deserto, os brasileiros seguem as
ordens de algum Senhor, que desconhecemos.
Fofocas assolam o Brasil de norte
a sul. Nada se conecta com nada, não sabemos mais quem é governo ou oposição.
Aliás, oposição a quem ou a quê?
Desde que a Operação lava Jato
foi disparada, o que se tem visto é um salve-se quem puder, e no meio deste corre
– corre, a Senhora Dilma completamente perdida, na tentativa de armazenar o
vento. Diante dos devaneios da Presidente, a galera que sabe muito bem onde
esconder seu gado, salvando seus dólares em paraísos fiscais.
“Farinha pouca meu pirão
primeiro” tem sido a tônica entre os políticos, desde aquele vereadorzinho, de
uma pequena cidade, no mais longínquo município brasileiro até senadores, assessores, ministros, deputados e poderosos
empresários.
Quem tem o rabo preso e foi
apanhado pelas Leis, tratou de abrir o bico e se beneficiar da deleção
premiada. Na hora das algemas, quebra-se o ovo, fala-se às claras e os outros
que gemam na prisão.
E foi nesta loucura de fofocas de
cozinha, que a Senhora Dilma levou um tranco, ou como se diz nas esquinas da
vida “um presta atenção” e se deparou com o pedido para o seu impedimento de
continuar sentada (literalmente) na cadeira da presidência.
Quando a Primeira Dama do país
fez a declaração ao País demonstrando surpresa, diante de tal pedido, quem
ficou surpreso fomos nós, o povo.
Será que ela acreditava estar
fazendo um bom governo?
Deixo aqui uma dúvida: qual é a
situação legal, de alguém que assiste a um roubo, e mesmo podendo, nada faz
para impedir? Somente ela poderá responder a essa imensa fofoca de cozinha!
E agora José? Quem sentará no
trono e usará a coroa do rei (ou da rainha)?
Edison Borba
Nenhum comentário:
Postar um comentário