Dizem que existem períodos na
vida onde coisas ruins acontecem ao mesmo tempo, desde coisinhas que incomodam,
até situações realmente graves. Tudo acontecendo junto, transforma vida de
qualquer ser humano, no tal inferno astral.
Acredito que o Brasil esteja
passando por este tipo de situação. Nós já vivenciamos momentos históricos
bastante sérios como o suicídio de Getúlio Vargas, a inexplicável renúncia de
Jânio Quadros, a implantação da ditadura, a também inexplicável morte de Tancredo
Neves. Também tivemos inflação em alto grau, onde os zeros não cabiam nos
talões de cheque e não podemos esquecer o confisco do dinheiro do trabalhador,
durante o governo Collor.
Esses e outros momentos podem ser
estudados nos livros de História, como períodos de grandes conflitos e
sofrimento social. Porém, sem querer exagerar, estamos neste momento
atravessando aquilo que podemos chamar de inferno astral brasileiro. Até a
natureza tem estado respondendo de forma séria às agressões que há tempos vem
sofrendo. A seca na região nordeste é uma das maiores calamidades dos últimos
anos, já aconteceram enchentes no sul e em alguns estados da Amazônia. O
rompimento da barragem em Mariana, nos coloca diante de uma das maiores
tragédias ecológicas / sociais dos últimos tempos. Estas e outras questões
envolvendo nosso território, ganha peso na proliferação de mosquitos que estão
invadindo as cidades e trazendo com eles febres, e para aumentar a tragédia, a
microcefalia já é epidemia. Importante lembrar que a mudança dos insetos para
as cidades deve-se ao desequilíbrio ecológico causado pelos homens e a sua
proliferação também fica favorecida pela grande quantidade de lixo espalhado à
céu aberto.
A população sofre e aperta o
cinto para se manter na recessão que já ocupou o País. A corrupção na política,
garante outras tragédias na área da educação, saúde, moradia, segurança e mais,
muito mais. No frigir dos ovos no óleo quente, acompanhamos brigas nas câmaras,
no senado e no palácio. Tudo indica que o país segue sozinho, sem governança.
Talvez, Deus em sua magnífica
bondade, esteja colaborando para que a “vaca não mergulhe direto no brejo”.
Vive-se momentos de dúvidas:
governadores que ameaçam não pagar os funcionários, alegando falta de verba,
senador preso, presidente da câmara acusado, briga nas assembleias, as Vossas
Excelências, cada vez mais vorazes não conseguem largar o osso do poder.
E para aumentar a confusão, deram
o pontapé para o impeachment da
presidente Dilma. Fato que reforça um velho ditado: “a vingança é um prato que
se come frio” ou “guerra é guerra” ou “mexeu levou”.
Os próximos dias serão de dúvidas -
Caso Dilma tenha que renunciar,
pergunta-se:
Quem irá se arriscar a ocupar o poder? (sabemos que a princípio seráo
Vice).
Quem possui condições de colocar ordem na casa?
Quem está disposto a agir com ética, moral e honra em benefício da Pátria?
Dilma ficando, como serão os anos de mandato que a presidente ainda tem
para cumprir?
Será, que o Brasil está vivendo num inferno astral?
Edison Borba
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