Roupa branca, sete ondas, velas, uvas, lentilhas, incenso, rezas a tantos
outros artifícios para o início de um novo ano.
Flores, promessas, abraços,
beijos, tilintar de taças, fogos de artifício tudo para atrair a sorte e
receber o novo tempo.
E assim vai ser à zero hora do
dia 31 de dezembro de 2015, como foi em outros trinta e um de outros dezembros
de muitos outros anos que já se foram e se perderam no lixo, para onde foram
jogados os velhos calendários e agendas.
Promessas, juras e desejos serão
feitos e depois quebrados. Ao acordarmos no primeiro dia do ano novo, perceberemos
que nada mudou. A nossa cama, o lençol, a fronha, a casa e seus habitantes
estarão lá da mesma forma que estavam no dia 31 de dezembro.
Onde estarão as mudanças? Como
ficarão as promessas para o tempo que começa?
A roupa branca, as lentilhas, as
uvas e tudo mais se perderão se dentro de cada um de nós nada mudar. Não
adianta pedir e não reagir!
Refletir, refazer, perdoar,
reorganizar, partilhar e ser capaz de reconhecer que o mundo só irá mudar
quando cada pessoa mudar, é o que poderá fazer o sonho se realizar.
Mudanças não precisam de data marcada e nem de
rituais para acontecer. É preciso que haja decisão firme e consciência de que
não somos os donos da verdade.
A noite do último dia de um ano é
igual às outras. A diferença está na agenda e nos calendários, o resto
continuará a acontecer exatamente como em outros anos: carnaval, semana santa,
feriado do dia do trabalho, dia das mães e dos pais até chegar um próximo Natal
e novamente um 31 de dezembro, do ano de 2016.
Cada um de nós, escreverá a sua
própria história com perdas e ganhos, a única diferença estará nas mudanças que
conseguiremos realizar em nosso coração. Chorar, sorrir, cantar além de outras
reações, acontecerão em 2016. Porém, o importante são os motivos das lágrimas e
risos.
Buscar em cada dia mais
conhecimento, principalmente do nosso próprio ser. Reconhecer-se em qualidades
e defeitos, em fracassos e vitórias, ser capaz de perceber que, muitas vezes o
sofrimento, nada mais é do que o fruto que estamos colhendo das nossas ações.
O mundo que nós idealizamos está
no coração de cada ser humano. Enquanto
estivermos presos a antigos conceitos e preconceitos. Enquanto o culpado for o
outro. Enquanto persistirmos nos antigos erros, estaremos recebendo um novo ano
com os antigos comportamentos, portanto, se queremos realmente um novo tempo, comecemos
a mudança em nossos corações, agora, neste momento, antes da meia noite!
Mude!
Edison Borba
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