O Jornal Nacional, exibido pela
Emissora de Televisão Globo, apresentou sábado dia 26 de dezembro, uma matéria
sobre o ato de escrever à mão. Destacando a importância do conteúdo,
principalmente para famílias com filhos em idade escolar, que estão sendo
seduzidas pelo excesso do uso de computadores.
O que foi apresentado pelo telejornal,
não trouxe nenhuma novidade, apenas reforçou uma verdade pedagógica que vem
sendo negligenciada por educadores, pais e responsáveis que é o exercício da
escrita feita à mão.
O foco apresentado pelos
jornalistas mostrou o número de candidatos à vagas de emprego, que são
rejeitados pela caligrafia difícil de ser entendida, ou seja, os antigos
garranchos, tão combatidos pelos professores alfabetizadores de outras décadas.
Os “garranchos” aliados à grande
quantidade de erros de Português, tornam as palavras ilegíveis para os
examinadores, como consequência: rejeição e / ou reprovação. Nunca tantos
erraram tanto em tão pouco tempo e em espaço tão curto.
O Brasil está colocando no
mercado de trabalho, uma legião de analfabetos sociais, pessoas que não
entendem o que leem e que “assassinam” a gramática. Palavras simples, de uso
comum, cotidianamente são escritas de forma incorreta e esses erros somados às
caligrafias ruins transformam o entendimento dos textos numa verdadeira
tradução hieroglífica.
Alguns colégios, principalmente
da rede particular, e considerados de excelência pelo ensino e pelo valor das
mensalidades, voltaram a solicitar a seus alunos escrever à mão. Aulas de
redação onde a caligrafia é também observada, além do conteúdo e da correção
gramatical.
Infelizmente, o povo (os que
frequentam a rede oficial de ensino) é que está sendo levado por uma onda
trágica da falta de educação da Língua Nacional. Cobra-se pouco, releva-se
muito e perdoa-se erros (imperdoáveis).
Durante a apresentação da matéria
no telejornal, alguns psicopedagogos foram entrevistados e contribuíram com a
informação da relação do ato de escrever com a psicomotricidade. Os pais
precisam estar atentos para a importância que os movimentos feitos pelas
crianças ao desenharem cada uma das letras do alfabeto, sílabas, palavras e
frases contribui para o melhor desenvolvimento neurológico. O ato de teclar,
bater dedinhos em um computador, tira da criança alguns caminhos que todos os
seres humanos deveriam percorrer, como o ato de engatinhar.
Valeu a matéria do telejornal!
Importante para as famílias e também para educadores que se deslumbraram com os
teclados e abandonaram os lápis.
Valeu como um alerta para os
brasileiros que diariamente são ludibriados na sua educação básica, por um
processo de aprovação desmedido, que mais tarde, a sociedade irá cobrar caro,
através do preconceito: “mostre-me como escreves e que te direi quem és!”
Somar é uma boa forma de juntar o
útil ao agradável, usar lápis para escrever, pintar e desenhar,
paralelamente ao uso do computador não causa nenhum mal às crianças.
O lápis não é inimigo da tecnologia, aliás foi
e ainda é com ele, que os grandes inventores e pensadores, escreveram e
continuarão escrever a suas grandes obras.
Edison Borba
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