Um museu é inaugurado no Brasil, com pompas
e festas, enquanto outros estão fechados, maltratados, mofados e
lamentavelmente um deles incendiado.
O Museu da Língua Portuguesa
ardeu em chamas em São Paulo, tal qual um inferno, onde as labaredas consomem as almas. Em
poucos minutos um excelente acervo ficou sob a ameaça das chamas, mas além do
fogo, outros acervos também estão sendo perdidos para o mofo, a umidade, para o
abandono e o descaso da Pátria Educadora.
A mídia encarregou-se de arrastar
milhares de pessoas, no Rio de Janeiro, para ver o “amanhã” pelas lentes de um museu, e ficou
evidente que esse “amanhã” provavelmente não será muito bom. A poluição deixada
pelos visitantes, foi trágica. Um alerta
para o despreparo da população, quanto a preservação da sua cidade. Faltou educação!
A novidade acabou, a curiosidade
terminou e a cidade, o estado e o país ganha mais um museu, que esperamos não
tenha o mesmo futuro dos demais museus. Tomara, que o amanhã do Museu do Amanhã
seja melhor do que o Museu do Índio e o Museu da Quinta da Boa Vista.
Quanto ao chamamento para que o
povão prestigiasse a inauguração do novo, também deveria existir para os outros
Museus, construídos “ontem”, que estão tendo um “hoje” de total tristeza e que
provavelmente, num “amanhã” deverão estar com suas portas fechadas.
É muito importante para uma
cidade, um estado e um país a presença de museus, centros de pesquisa, salas de
exposição, bibliotecas, monumentos e tudo que possa contribuir para a educação
de um povo. Mas, tem que ser sério! Tem que ser sólido! Tem que ter futuro! Tem
que ser construído e inaugurado na certeza de sobreviver ao amanhã!
Edison Borba
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