Temos acompanhado o empenho de algumas
autoridades, em tentar a pacificação nas comunidades do Rio de Janeiro. Sabemos
que é uma tarefa difícil, que exige paciência e perseverança. Não se trata
apenas de montar Unidades Militares em lugares dominados por traficantes e
bandidos, é um processo de conquista e libertação. É preciso livrar os
moradores do referencial histórico de obediência aos malfeitores.
A violência é tal qual uma doença
endêmica, que uma vez instalada, é preciso eliminar o vetor. No caso da dengue,
os mosquitos precisam ser destruídos, e para isso tem-se que acabar com seus
locais de reprodução. O sistema é o mesmo quando estamos tratando com os
traficantes. São tão maléficos como o câncer, que através de metástases
contaminam diversas áreas.
Outra questão, que também dificulta a
ação das UPPs, é a falta de condições básicas de sobrevivência nas localidades
mais pobres do estado. Tivemos um longo período de descaso com o saneamento
básico, educação, saúde e moradia. Esse tempo perdido, precisa ser recuperado,
mas novamente analisando biologicamente
a questão, o que não foi realizado corretamente no tempo certo, deixou marcas e
cicatrizes difíceis de serem apagadas.
Estamos inaugurando mais uma UPP, dessa
vez na localidade de Cerro-Corá, atendendo moradores do bairro do Cosme Velho e
adjacências.
Importante lembrar, que inaugurar
instalações de uma Unidade Pacificadora é iniciar um longo e árduo processo,
que implica na adaptação dos moradores e dos policiais indicados para a tarefa.
Será necessário um longo tempo até que novas atitudes e hábitos sejam implantados
no local. Também será necessário que as necessidades básicas, como coleta
sistemática do lixo, criação de posto de saúde e creches, apoio à associação de
moradores além de uma série de necessidades que juntamente com a presença dos
policiais, irão compor o processo de pacificação.
Temos que ter cuidado, para não errarmos
novamente, como aconteceu com o turista alemão, que iludido com a propaganda
enganosa, foi baleado, numa comunidade dita e alardeada pelos meios de
comunicação como pacificada.
Todos, queremos que a paz seja uma
realidade, em nossa cidade, estado e país, mas precisamos ter coragem de
admitir que, estamos, no caminho certo,
mas ainda falta muito para conseguirmos
chegar à tão sonhada pacificação.
Chegaremos lá sem dúvida! Disso eu tenho
certeza!
Edison
Borba
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