Na mitologia nórdica Thor é o
deus que empunha o martelo. Filho de Odin e Jord, ele cresceu e passou a ser
associado aos relâmpagos, tempestades e trovões. Essa e outras versões podem
ser encontradas sobre a existência desse deus.
Em qualquer ângulo que a
história seja contada, haverá de alguma forma relações com violência. Todo esse
preâmbulo está sendo feito, para comentarmos a escolha dos nomes que fazemos
para os nossos filhos.
Existe um forte indício de que
os pais escolhem para seus rebentos nomes que identificam de alguma forma suas
características psicológicas e sociais. Os religiosos (dependendo do credo)
buscam em santos ou na bíblia sugestões para batizarem suas crianças: Antônio,
Maria, Fátima, Joel, Daniel, Francisco, Pedro, Rafael. Os anjos também entram
nessas escolhas.
Outros preferem juntar nomes
do pai com o da mãe Jorcélia, uma mistura de Jorge com Célia. Há os que
preferem aportuguesar nomes estrangeiros, como Uoshinton entre outros.
E assim vamos encontrando
pessoas carregando indentidades nem sempre agradáveis. Há também nomes que são
escolhidos para demonstração de poder e riqueza. Geralmente são os deuses
invocados para apadrinharem o pimpolhos. Mas, carregar um nome pode ser algo
sem maiores importâncias, porém a forma pela qual os filhos são educados é que
passa a ser uma situação, que pode até gerar perigo para a sociedade.
Fico a imaginar a situação de
Jord, mãe de Thor, diante do poder destrutivo de seu filho. Como essa “deusa”
transformada em mãe se sentia quando seu garoto atirava raios sobre a o mundo?
É de se esperar que as mães
eduquem seus filhos para o bem. Não podemos acreditar que alguém que gerou por
nove meses um ser em seu ventre possa se sentir feliz, quando a morte é provocada
por essa parte de seu organismo.
Mas, nem sempre as lágrimas de
mãe, anula a força da educação proveniente do lado paterno. Odin, pode ter sido
o responsável pelo martelo que Thor empunhava nas lutas. Será que foi o seu pai
que o ensinou a usar esse objeto para matar?
A história está ai para ser
lida, estudada e interpretada e a vida real também.
Em plena era moderna, ainda
vemos martelos sendo guiados pelas mãos de homens que querem ser deuses.
Martelos de quatro rodas e
motores potentes, usados para matar e violar as leis.
Como os pais do novo Thor
estão se sentindo?
Será que a mãe (uma deusa
carnavalesca) chora pelo filho e pelo rapaz atingido pelo mortal martelo.
Será que o pai poderoso, quase
um deus das finanças sente algo sobre o fato?
Será que o poder dos deuses,
seus raios e trovões irão calar a sociedade e o falso deus continuará a atingir
inocentes com seus mortíferos brinquedos?
Infelizmente os homens togados
já estão em ação e o Thor da era moderna provavelmente continuará atirando seus
raios sobre as nossas cabeças.
Edison Borba
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